Índice geral Imóveis
Imóveis
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros

Praia particular

Organização, segurança nas ruas e voos diretos atraem brasileiros a comprar em Miami

DO “NEW YORK TIMES”

Brasileiros ultrapassaram outras nacionalidades entre os compradores de imóveis em Miami. Números da associação de corretores os apontam como o segundo grupo mais ativo de estrangeiros, com 12%, entre venezuelanos (15%) e argentinos (11%).

"Eles estão tomando Miami", afirma Edgardo Defortuna, executivo-chefe da imobiliária Fortune International Realty, que já tem escritório em São Paulo."Mais do que apenas comprar um apartamento, trazem seus amigos e parentes para fechar negócio. Quando um compra em um projeto, os outros vêm junto."

Em geral, os compradores são famílias de classe média alta que querem desfrutar da prosperidade recém-conquistada como profissionais liberais e empresários. "Os brasileiros vêm para gastar", diz Cristiano Piquet, 34. Ele se mudou para Miami em 2001, para ser piloto de corrida. Hoje, dirige uma empresa imobiliária com cerca de 50 agentes.

Para Piquet, Miami é limpa, organizada e, principalmente, segura para quem quer exibir sinais de afluência como relógios Rolex ou conversíveis sem temor do crime. Ele conta que, na cidade, há uma placa de carro personalizada que diz: "Here I can" (Aqui eu posso).

Miami tem uma história de sucesso, queda e novamente sucesso. Na Brickellhouse, primeiro lançamento da cidade nos últimos anos, 100 das 374 unidades -com preços de US$ 200 mil (R$ 355 mil) a US$ 1,4 milhão (R$ 2,5 milhões)- foram vendidas em dois meses, quase todas para latino-americanos.

NOVOS ARES

Diferentemente da maioria dos incorporadores, o empreiteiro Harvey Hernandez exige que os clientes paguem 90% do preço antes de a construção terminar, modelo financeiro conhecido pela maioria dos compradores latinos.

Em um esforço para estimular o mercado imobiliário norte-americano, foi apresentada no Senado uma proposta bipartidária que daria vistos de três anos para estrangeiros que investissem no mínimo US$ 500 mil (R$ 888 mil) em imóveis residenciais.

Os legisladores da Flórida devem discutir em breve a lei de "destino resort", que permitiria o jogo em cassinos em complexos de lazer, como o Resorts World Miami, que deverá ter mil apartamentos.

Tradução de LUIZ ROBERTO M. GONÇALVES

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.