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Compras coletivas barateiam acabamento

Moradores elegem um representante do condomínio para negociar descontos diretamente com fornecedores

Grupo de condôminos de um edifício na zona oeste conseguiu desconto de 30% na compra de aquecedores

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Antes mesmo de se tornarem vizinhos, moradores utilizam a internet para fechar negócios juntos.

Com o objetivo de economizar na fase de acabamento da obra, eles descobrem interesses em comum e encontram lojas e fornecedores que oferecem descontos para compras coletivas.

Os moradores também usam blogs e grupos em sites como Orkut e Facebook para encontrar referências de quem já experimentou esse modelo de compra.

O professor de tênis Márcio Morelli, 29, começou a pesquisar preços de vários itens antes de se mudar para seu apartamento, na Água Branca. Acabou propondo uma compra conjunta com outros moradores quando viu o valor do aquecedor: R$ 2.300.

"Fiz contatos com a empresa e, em paralelo, fui falando com os meus vizinhos por e-mail e pela comunidade do prédio no Orkut. Chegamos ao valor de R$ 1.590 para o produto instalado, uma economia de R$ 710 para cada membro da turma", diz.

O interesse foi tão grande que Morelli acabou pilotando outros grupos de compra, como os de gesso, box, janela, envidraçamento do terraço e telas de proteção. "Todos foram um sucesso", diz ele, que gostou do resultado a ponto de planejar trabalhar como líder de grupos de compras.

Dos 350 apartamentos do condomínio, 200 aderiram à empreitada. Apesar do volume, não houve problemas, segundo Morelli. Isso porque o líder de compras costuma apenas negociar os valores.

Em seguida, repassa os contatos dos interessados para o fornecedor, que fecha a compra com cada morador -por conta disso, as garantias para os produtos são as mesmas de uma compra tradicional, segundo lojistas ouvidos pela Folha.

FACEBOOK DO PRÉDIO

O condomínio onde mora a fonoaudióloga Camila Marcello, em Imirim (zona norte), conta com 400 apartamentos. Antes da entrega das chaves, em novembro de 2011, o edifício já tinha uma página no Facebook e, na assembleia inaugural, um dos moradores criou um grupo de e-mails para facilitar a comunicação entre eles.

Foi pela rede social que vários moradores começaram a procurar empresas que pudessem oferecer descontos e formas de pagamento atrativas para o acabamento.

"A primeira empresa que surgiu ofereceu gesso com descontos em torno de 15%", conta Camila, que também conseguiu reduzir em cerca de 20% o valor do envidraçamento da sacada e entre 15% e 20% o da porta de correr da cozinha.

"Conseguimos outros fornecedores, mas não demos sorte com todos, pois muitos não tinham funcionários, produtos e condições para atender à demanda", diz ela, que também buscou compras coletivas para decorar a casa. "Consegui desconto de 25% em papéis de parede."

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