São Paulo, domingo, 02 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Compradores se uniram antes da falência

da Reportagem Local

O dentista Mauro Gherson, 37, antecipou-se à falência da Encol montando uma comissão de compradores do Maison Royale, na Vila Mariana (zona sudoeste), e retomando a obra antes mesmo de ter o alvará judicial para isso.
A história dos compradores desse condomínio de apartamentos de três dormitórios é um exemplo do que pode fazer a união das vítimas da Encol.
Em março de 1996, dois anos depois da compra, Gherson conta que, ao visitar a obra, percebeu que ela estava parada.
"Na época, não saía nada da Encol na imprensa. Tentei fazer uma assembléia com os compradores, mas ninguém me dava a lista com os nomes", diz.
"Consegui a lista na Justiça. A partir daí, eu e outros condôminos colocamos faixas na rua, chamando todos os compradores." Segundo Gherson, o grupo colocava todo dia a faixa na frente do prédio, e funcionários da construtora a retiravam à noite.
"No fim de 96, já tínhamos um bom grupo e começamos a entrar com ações na Justiça contra a Encol. A primeira que vencemos foi a que nos dava posse do terreno."
Na época, já próximo à falência da empresa, cerca de 50% do valor do condomínio já havia sido pago à Encol, que, com esse dinheiro, havia executado somente o início da obra.
Hoje, o condomínio está pronto. "E o dinheiro gasto para isso saiu daqueles 50% que restavam para pagar", afirma Gherson.



Texto Anterior: Pós-falência: 70 "esqueletos" da Encol são retomados
Próximo Texto: Aberto para reforma: Falta de manutenção desativa espaço de lazer no Cambuci
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.