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São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2003

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FINANCIAMENTO

Mesmo com juro menor, comprador desembolsa em dez anos o dobro do valor do imóvel; compare as alternativas

Crédito bancário ainda é opção onerosa

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quem queria perseguir o sonho da casa própria, mas estava desanimado com as dificuldades de financiamento, teve um alento, no último dia 24, com a diminuição da taxa básica de juros para 24,5%, anunciada pelo governo.
"A TR [Taxa Referencial, usada como indexador pelas instituições financeiras] deverá cair 3% ao ano", prevê Miguel de Oliveira, presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Mas buscar crédito no banco é a opção menos vantajosa.
Para comprar um imóvel de R$ 200 mil em dez anos, são 100,83% a mais que o preço à vista, contra 72,94% do consórcio e 59% do título de capitalização. O menor reajuste (27,64%) é o do financiamento em cem meses com a construtora para imóveis na planta.
"Fomos obrigados a desempenhar um papel que é do sistema financeiro porque as políticas dos bancos não são direcionadas às necessidades do mercado", afirma José Romeu Ferraz Neto, vice-presidente do Sinduscon (sindicato das empresas de construção civil) de São Paulo.
No ranking do menor custo final, o segundo lugar fica para os títulos de capitalização, reformulados pela Caixa Econômica Federal e pela Sul América. Mesmo assim, o fator sorte continua a ser um empecilho: a probabilidade de ser sorteado e receber o dinheiro é menor que 0,05%.
Aliado à inadimplência, em alta em todos os setores da economia, esse também é um dos principais entraves do consórcio, terceiro no pódio. Os azarados correm o risco de esperar 119 meses para habitar o imóvel. (EDSON VALENTE)


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