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São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2003

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FINANCIAMENTO

Com o atrativo de exigir um investimento menor, título é ideal para quem não tem pressa de obter o imóvel

Capitalização ganha espaço, mas chance é menor que 0,05%

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Adquirir um título de capitalização tornou-se uma opção que viabiliza o sonho da casa própria. O sistema requer um investimento menor que nos consórcios ou nos financiamentos bancários, mas o tempo de obtenção do dinheiro é incerto, já que depende dos sorteios da Loteria Federal.
O "Super Fácil Sua Casa", da Sul América, reformulado neste ano, dispensa comprovação de renda, mas limita o valor a R$ 70 mil.
O comprador tem, a partir do quarto mês (há planos de até 120 meses), 32 chances em 100 mil (apenas 0,03%) de ser sorteado. Ao final, recebe o que pagou corrigido pela TR, e mais 2% ou 5%.
"Nosso público-alvo, que pertence às classes B e C, precisa desse compromisso de ter de depositar um valor todo mês para conseguir juntar os recursos", diz Antônio Carlos Gabriel, 51, diretor de marketing e novos negócios da Sul América Capitalização.
Outro exemplo é a Caixa Econômica Federal, que lançou há cerca de um ano o CasaCap, plano que opera com 40 chances de sorteio em 100 mil (0,04%). Esses títulos não obrigam a comprar um imóvel -o capital resgatado pode ser usado para outros fins.
Apesar das novas alternativas de captação de recursos para adquirir a casa própria, ainda é preciso cautela na hora da escolha, para não se arrepender depois.
O engenheiro Pablo Aguerre, 31, obteve um financiamento, há um ano e meio, no banco em que era correntista, a uma taxa tida como "não muito favorável" -14% anuais pela carteira hipotecária.
"Na época, a CEF não dava crédito para a aquisição de usados. No sistema privado, havia encontrado uma tarifa melhor em outra instituição, mas não fui aprovado por não ser cliente", conta.
"Não quis consórcio porque precisava da pronta entrega. Com a chegada de novas opções, como os títulos de capitalização, prefiro não pensar nas alternativas que deixei de lado, para não ficar irritado", conclui. (EV)


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