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SANTANA
Bairro conquista statusde luxuoso regional
Tucuruvi e Tremembé são opções para quem quer imóveis mais baratos
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da valorização do
bairro de Santana, uma de suas
principais características não
se alterou: o caráter regional do
comprador dos lançamentos.
"São pessoas criadas na região e que querem permanecer
ali, mas pretendem trocar as
casas antigas por apartamentos
modernos", define o corretor
Paulo Franco, 61.
Além desse perfil, o bairro
atrai compradores de outras regiões da zona norte. "Para
quem consegue um padrão de
vida melhor, o chique é viver
em Santana", observa Celso
Amaral, sócio da Amaral d'Avila e da Geoimovel.
Além da oferta abrangente de
serviços e da proximidade do
centro da cidade, outra vantagem de Santana é a presença de
áreas verdes: os parques da
Cantareira e Albert Löefgren
(Horto Florestal).
Há 20 anos, o mercado era
atendido por empresas familiares, como El-Tayar, Lanellas e
Santos. As três continuam em
atividade, mas dividem terreno
com construtoras maiores.
A incorporadora Cyrela, por
exemplo, esperou duas décadas
para construir em um terreno
que havia comprado: só em junho deste ano lançou a pedra
fundamental do Ápice -residencial de três torres, que totalizam 248 apartamentos com
área privativa de 121 m2, ao preço médio de R$ 350 mil.
No Arboris, lançado em novembro pelas incorporadoras
Lider e Klabin Segall, um dos
condomínios terá bosque privativo, e o outro ficará ao lado
de um bosque público que foi
doado pelas duas empresas à
Prefeitura de São Paulo.
O apartamento de quatro
dormitórios custa cerca de
R$ 370 mil, e o de três, R$ 260
mil. A Lider está estudando a
compra de terrenos na zona
norte, informa o superintendente de negócios, Marcus
Duarte, 44. "É uma região com
infra-estrutura completa", diz.
Na avaliação de Marcela Carvalhal, gerente de marketing da
Klabin Segall, "Santana tem
oferecido apartamentos de
acabamento mais sofisticado e
com várias opções de planta".
Mas, para Franco -que
aponta as ruas Alfredo Pujol,
Pedro Doll e Marechal Hermes
da Fonseca como as de maior
potencial de verticalização-, o
mercado santanense ainda carece de apartamentos na faixa
de R$ 150 mil.
Contras
O desenvolvimento, no entanto, também causou problemas. "O trânsito na região está
ruim", pondera Amaral. "E os
terrenos estão caros."
Quem quer viver na zona
norte e "não pode morar onde
ficou caro demais" tem buscado apartamentos mais baratos
em bairros vizinhos, como Tucuruvi e Tremembé.
(DF E EV)
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