São Paulo, domingo, 05 de março de 2000


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ABERTO PARA REFORMA

Passagem inferior é solução para trânsito em Pinheiros

Greg Sallibian/Folha Imagem
Passagens inferiores melhorariam o trânsito em cruzamentos como o da avenida Rebouças com a rua Henrique Schaumann


SÉRGIO DURAN
da Reportagem Local

Cortado por algumas das principais avenidas da cidade, o distrito de Pinheiros é o paraíso de flats e prédios comerciais. Já para quem vive na região, o tráfego intenso é o vizinho indesejado.
Para a arquiteta e urbanista Lucila Falcão Pessoa Lacreta, 45, diretora da Sociedade Amigos do Jardim das Bandeiras -um dos bairros de Pinheiros-, se o trânsito se restringisse às avenidas, não haveria grandes problemas.
Porém tem sido impossível contê-lo. Ao sair das chamadas "vias estruturais" para invadir as ruas menores, o trânsito, segundo ela, vai minando a qualidade de vida dos moradores e mudando aos poucos o perfil do local, tornando-o cada vez mais comercial.
A urbanista propõe, para solucionar o problema, uma mudança na "hierarquização" das vias, potencializando as avenidas e desestimulando o tráfego pela parte residencial de Pinheiros.
"A prioridade tem sido o trânsito. Às vezes, os motoristas têm de dar uma volta imensa para chegar ao seu destino, quando uma conversão à esquerda em uma avenida como a Rebouças resolveria", afirma Lucila. "Hoje, você vê pequenas ruas da Vila Madalena, por exemplo, cheias de semáforos e com um trânsito terrível."
Potencializar as avenidas, de acordo com ela, significa torná-las mais rápidas. A solução seria construir passagens inferiores em cruzamentos como o da avenida Rebouças com a rua Henrique Schaumann e com a avenida Faria Lima.

Falta verba
Segundo Eduardo José de Carvalho Filho, 57, superintendente de projetos viários da Secretaria Municipal de Vias Públicas, as passagens inferiores nesses cruzamentos estão previstas desde a criação das próprias avenidas.
"A prefeitura nunca desistiu de construí-las. Há, inclusive, estrutura física para fazê-las", afirma Carvalho Filho. "Mas a falta de recursos e outras prioridades adiaram a sua execução. Cada uma custaria cerca de R$ 20 milhões."


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