São Paulo, domingo, 05 de maio de 2002

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ÁREA COMUM

Escolha de móveis e valor do projeto geram discussões intermináveis

Decoração do condomínio é motivo de dor de cabeça

DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro mês, os fios pendurados e as paredes brancas no hall de entrada são apenas sinais de que se trata de um imóvel novo. O problema é quando a situação se estende por meses -e até anos-, e o morador acaba "acostumando-se" com a idéia de não ter uma área de lazer e nem sequer poder receber os amigos num espaço apresentável.
Foi o que aconteceu com a jornalista Sandra de Angelis, que, há quatro anos, comprou um imóvel sem prever a área comum decorada pela construtora e até hoje tem de se conformar com os móveis de PVC no salão de festas. "Nem lembro quanto tempo o hall de entrada ficou abandonado, mas foi uma das poucas áreas que o condomínio conseguiu decorar."
Situações como essa são comuns quando as construtoras deixam a obrigação de equipar as áreas sociais para o condomínio. "Temos prédios entregues no início dos anos 90 e que até agora não estão decorados", afirma o vice-presidente da construtora RFM, José Romeu Ferraz Neto.
Discussões intermináveis entre condôminos, por gosto ou pela quantia a ser despendida, e dificuldades impostas pela construtora, que é dona das unidades não vendidas, são os principais motivos para a demora no impasse.
"Sem contar que, nos seis primeiros meses, o condomínio deve prever gastos com equipamentos básicos, como lixeiras e forros para elevador, o que atrasa ainda mais a decoração das áreas comuns", alerta Luís Henrique Ramalho, 33, diretor da Itambé.
De acordo com a gerente de vendas da Lello Condomínios, Débora Pereira, 30, quando a construtora entrega as partes comuns sem decoração, cabe ao condomínio convocar uma assembléia para discutir os projetos.
A dica principal, na avaliação do presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios), José Roberto Graiche, é nomear uma comissão encarregada de decidir como será a decoração partindo de uma verba pré-aprovada.
"Isso evita discussões sem fim, pois a comissão somente ratifica, em assembléia, o projeto escolhido", aconselha Graiche.
(CÁSSIO AOQUI)


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