Distritos que seguem o metrô, como Belém e Carrão, recebem lançamentos de alto padrão

Marcelo Justo/Folha Imagem

Torre em construção na Vila Carrão contrasta com sobrados

CRISTIANE CAPUCHINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Metro quadrado a preços mais altos, condomínios-clubes e apartamentos com área útil que ultrapassa os 200 m2.
O que já existia nos bairros Anália Franco e Tatuapé, na zona leste, agora ocupa também regiões vizinhas.
Água Rasa, Belém, Carrão e Penha apresentaram aumento superior a 45% no valor do metro quadrado lançado de três-dormitórios na comparação entre 2006 e 2009, de acordo com dados da consultoria imobiliária Geoimovel.
Esse nível equivale à valorização do mesmo tipo de unidade na Vila Mariana (zona sul) -que alcançou 52% de alta no período. Em Santana (zona norte), o aumento foi de 23%, e, na Vila Andrade (zona sul), de 18% (veja quadro à pág. 4).
O metrô sempre foi atrativo para o mercado imobiliário. Assim ocorreu em torno de linhas das zonas oeste, norte e sul, que deixaram de ter novos empreendimentos apenas nas proximidades das estações e passaram a integrar seus bairros. Agora é a vez da zona leste, a partir da linha vermelha.
"A região do Tatuapé pode crescer, pois tem transporte e infraestrutura", diz Celso Amaral, diretor da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações. "Os bairros vão se expandir, como aconteceu com o Morumbi [zona oeste], e tudo se valoriza."

Terrenos
Belém e Carrão são regiões com histórico industrial, com amplos terrenos para incorporação. O mesmo acontece no chamado "baixo" Tatuapé, faixa próxima à avenida Celso Garcia, entre a Radial Leste e a marginal Tietê.
Com a possibilidade de lançamentos grandes, de três ou quatro torres e com muito espaço de lazer, a região ganhou interesse. "O mercado expande para onde há terreno e demanda", explica Eduardo Zaidan, diretor de economia do SindusCon-SP (sindicato do setor). "É o caso dessa região."


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