São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2008

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Estratégia deixa de ser agressiva

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Muitas pessoas ainda vêem o "time share" com reservas graças às estratégias de venda agressivas que antes eram utilizadas.
Na maioria das empresas, cafés da manhã luxuosos, fins de semana em hotéis-fazenda e passeios de limusine eram oferecidos aos interessados em assistir a uma palestra de apresentação do sistema.
Às vezes a persuasão dava lugar à intimação. "Os diretores de antes falavam "você não vai comprar porque não tem dinheiro'", conta Rodrigo Martins, do Rio Quente Resorts.
Hoje a abordagem é bem mais focada. "Chamamos para a palestra quem tem o perfil do comprador, casais com filhos, que escolhemos aqui dentro do complexo. Ao assistir à apresentação, o casal ganha três diárias."
O designer e escritor Marcílio Godói, 45, e sua mulher quase foram fisgados há dez anos por uma empresa de "time share".
Em Miami, eles aceitaram um convite para ir à praia de limusine se assistissem a uma palestra, mas resolveram não fechar negócio. "Foi muito difícil dizer não", lembra Godói. "Eles mostravam lugares de sonho pelo mundo todo, e, para cada pessoa que dizia sim, todos aplaudiam como numa seita."
Hoje, ele acha que tomou a decisão certa. "Não se viaja do melhor jeito, que é rodando pelos cantinhos de cada lugar." (MD)

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