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MEDIÇÃO SOB CONTROLE
Sistema espera por norma e regulamentação de lei
Comissão prepara padrões de leitura remota; lei municipal ainda não vale
DA REDAÇÃO
Tendência em tecnologia de
medição individualizada em
condomínios, a leitura remota
de consumo de água ou de gás já
chamou a atenção da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Tanto que uma comissão
coordenada pela Comgás -a
CE 04:005.10- está elaborando a norma que estipulará padrões para instalar medidores
de água e de gás com leitura a
distância, batizada de Sistemas
de Medição Remota Prediais.
"Trata-se de uma norma
complexa, e sua publicação
ocorrerá após consulta pública,
que deverá ocorrer por volta de
meados de 2008", informou a
Companhia de Gás de São Paulo, por e-mail, à Folha.
A orientação de adotar a medição individualizada do consumo está em compasso de espera. Isso porque ainda não foi
regulamentada a lei municipal
nš 14.018, de junho de 2005,
que estipula que projetos de
novos prédios prevejam medidores individualizados.
"A lei ainda não tem valor",
sentencia Paola Giovannini, da
diretoria de relacionamento da
Lello Condomínios.
De âmbito nacional, um projeto de lei (787/03) que prevê
cobrança de abastecimento de
água por domicílio, aprovado
pelo Senado, foi vetado pela
Câmara dos Deputados em janeiro de 2007.
O caso tramita no Congresso
Nacional e, se for mantido o veto, o projeto será arquivado.
Economia de 30%
Apesar das indefinições legais, a medição individualizada
do consumo de água ganha cada vez mais adeptos, contabilizam as maiores administradoras paulistanas.
A Hubert, por exemplo, instalou, no ano passado, 2.800
pontos de medição de água nos
prédios que administra.
Até meados de março deste
ano, foram mais 604. Em 2005,
esse número não chegava a 10%
do de 2006: 240.
"Nossa demanda por instalações é crescente", crava Angélica Arbex, gerente de relacionamento da Lello.
O benefício propiciado pela
medição individualizada é tentador, sobretudo se levado em
consideração que a despesa de
água costuma ser a segunda
maior em um condomínio -só
perde para a de mão-de-obra.
A individualização gera uma
redução, em média, de 30% no
gasto do insumo. Foi esse o
montante da economia detectado em um condomínio no
Brooklin (zona oeste).
E o "grosso" dessa porcentagem foi proveniente de uma
das vantagens desse tipo de sistema: a detecção de vazamentos "escondidos", denunciada
pelo acompanhamento do consumo de cada unidade.
"Dos 52 apartamentos do
condomínio, mais de 30 tinham vazamento", dimensiona
a síndica Karla Fernandes Gordo, 39. Ela relata que foi escolhido um sistema que faz leitura remota e que não exigiu quebradeira das paredes para a instalação de hidrômetros.
(EV)
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