São Paulo, domingo, 06 de setembro de 2009

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Por um lugar ao sol

Mercado de lançamentos na Baixada Santista vai em direção oposta à do crescimento populacional

Fred Chalub/Folha Imagem
Na Ponta da Praia, na cidade de Santos, velhos galpões industriais dão lugar a apartamentos voltados para a classemédia alta; há unidades que custamR$ 800mil

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Baixada Santista é a região do Estado de São Paulo que mais cresceu em número de habitantes de 2007 a 2009, de acordo com projeção do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) -ganhou 64.655 moradores.
Ali, a Praia Grande é o município brasileiro com maior taxa de crescimento demográfico da década: 56 mil novos habitantes de 2000 a 2009. Santos, por sua vez, apresentou decréscimo populacional de 0,1%.
O mercado imobiliário desse trecho do litoral, porém, caminha em sentido inverso. Das 17.413 novas unidades lançadas ali nos últimos três anos e meio, 79% estão em Santos e apenas 6% na Praia Grande, segundo dados da Geoimovel.
E a tendência é que novos empreendimentos continuem a surgir na primeira cidade. "Como há perspectiva de crescimento do porto e da exploração de petróleo e gás, é provável que mais gente se mude para cá para trabalhar", explica Ricardo Beschizza, diretor da regional de Santos do SindusCon-SP (sindicato das construtoras).
"Em Santos, sobretudo, o objetivo [de quem compra] é morar, não passar o fim de semana", observa Carlos Kapudjian, diretor da Lopes.
Para Feliciano Giachetta, diretor da FGi Negócios Imobiliários, "o Guarujá ainda é muito voltado para turistas, mas em Santos, Praia Grande e São Vicente, o mercado é mais voltado para quem já mora lá".
Caso do empresário Rafael Batalha, 28, que saiu da casa dos pais em Santos. "Escolhi o bairro Ponta da Praia [onde já mora] por ser tranquilo", diz.


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