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LOCAÇÃO DA REPÚBLICA
Convenção faz exigências a grupos
Condomínio pode pedir cópia do contrato de aluguel e lista com nomes dos inquilinos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ao estudar o projeto de montar uma república em um apartamento, uma lição que se precisa saber de cor é a convenção
do condomínio.
Ela estabelece procedimentos que devem ser seguidos pelos moradores -horários de
uso de áreas de lazer, por exemplo- e muitas vezes estabelece
determinações para se resguardar da ocupação por parte de
grupos de estudantes.
"O prédio pode pedir uma cópia do contrato de locação", explica o advogado especializado
em condomínios Marcio Rachkorsky. "E também deve ter
uma lista com o nome dos inquilinos, para que o porteiro
consiga controlar quem está
morando ali", afirma.
Em caso extremo, o regulamento pode querer proibir a
formação de repúblicas, do que
discorda Jacques Bushatsky,
diretor de legislação de inquilinato do Secovi-SP (Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de
Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo).
A prerrogativa de locar o
imóvel para esse fim é do proprietário, argumenta.
"A decisão de quem irá ocupar o imóvel é do dono. Como
dizer que ele não pode alugar
um apartamento para moradia?", questiona Bushatsky. "E
também como diferenciar uma
república de um apartamento
alugado para três inquilinos?"
Para José Iampolsky, da administradora Paris, a maior
preocupação dos síndicos não é
ter muitos jovens em uma mesma unidade.
"Hoje, o principal cuidado é
com a inadimplência. Se os jovens são bons inquilinos e respeitam a convenção, ele não verá muitos problemas com a situação", observa.
Sem festa
Se há locais onde jovens estudantes não são lá muito benvindos, outros já se acostumaram a
recebê-los aos montes.
A estudante de relações públicas Mirella do Amaral Lopes,
23, mora em um prédio assim.
Ela e mais três amigas dividem
o aluguel e a taxa de condomínio, que somam R$ 1.600.
"Como queríamos algo perto
da região da [avenida] Paulista,
tivemos que procurar bastante,
e acabamos fazendo um bom
negócio", diz.
Ela conta que, como já havia
uma república no mesmo andar do apartamento delas, não
houve percalços na locação.
"Nós não fazemos muita bagunça e nem festa", pondera a
estudante.
(MARIANA DESIMONE)
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