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REÚSO DE ÁGUA DILUI GASTOS DO PRÉDIO
Manual da Agência Nacional de Águas traz recomendações sobre qualidade do insumo
Brasil não tem lei para reutilização
DA REPORTAGEM LOCAL
Até o momento não há legislação brasileira que defina a
qualidade e as propriedades da
água de reúso e suas aplicações.
Recomendações sobre sistemas, atividades próprias para
uso e qualidade da água estão
em um manual desenvolvido
pela ANA (Agência Nacional de
Águas) e pelo SindusCon-SP
(sindicato de construtoras;
www.sindusconsp.com.br),
entre outras entidades.
O manual pontua propriedades da água que devem ser conferidas periodicamente. "É
aconselhável fazer análises laboratoriais todos os meses para
checar a eficiência do sistema",
diz Paulino de Almeida Neto,
engenheiro da AcquaBrasilis.
Além do cuidado com a qualidade da água, não se pode esquecer a necessidade do uso de
equipamentos de proteção individual -botas, luvas, capacete, avental e máscara acrílica-
durante o manuseio da água de
reúso, que não é potável.
A escolha do tipo de tratamento depende da oferta e demanda de água em seus possíveis usos não potáveis.
Tipos de tratamento
Peneiragem, filtro de carvão,
filtros biológicos e aditivos químicos são opções de tratamento, de acordo com a proveniência do líquido e seu uso.
"A água pluvial pode ser reutilizada após peneiragem, filtro
de carvão e cloração", explica
Marcelo Zanini, diretor da Biosistemas Ambiental.
Para as águas cinzas, contaminadas por grande quantidade de matéria orgânica, a filtragem biológica é a mais indicada
pelo seu custo-benefício.
Embora esse processo de tratamento seja bem mais caro
que os de peneiragem e de filtro
de carvão, a água tratada com a
sua aplicação tem mais opções
de aproveitamento, como na
bacia sanitária.
"É necessário um processo
de desinfecção dessa água de
reúso", afirma Ivanildo Hespanhol, diretor do Cirra (Centro
Internacional de Referência
em Reúso de Água) da Universidade de São Paulo.
Estações que reúnem fases
desde a flotação, peneiragem,
passando por filtração biológica aeróbia e anaeróbia e com
cloração final para desinfetar a
água, são projetadas em espaços que podem ser subterrâneos, dentro ou fora do edifício.
"As estações domiciliares são
chamadas de compactas, definidas pelos tipos de componentes utilizados", esclarece Gilson
Cassini, presidente do Sindesam.
(CRISTIANE CAPUCHINHO)
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