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O MORADOR
Moradora recorda lendas sobre maldição do fundador
free-lance para a Folha
No início da década de 50,
quando a dona-de-casa Lourdes Matos do Patrocínio, 51,
chegou ao distrito com a família, a Vila Guilherme não passava de uma região dividida entre
brejos, chácaras e lixões.
Segundo ela, o local permaneceu assim por muito tempo,
desenvolvendo-se somente a
partir da década de 70.
Os mais antigos acreditavam,
segundo ela, que a região não
evoluía por conta de uma maldição que o fundador da vila,
"seo" Guilherme, teria lançado.
"Os moradores mais antigos
diziam que o "seo" Guilherme
era uma pessoa fechada, não
queria o progresso da região e
que, por esse motivo, devia ter
amaldiçoado a Vila Guilherme."
Enquanto a região ainda
mantinha características de
"cidade de interior" e esperava
pelo progresso, Lourdes conta
que os moradores colocavam
cadeiras nas calçadas e organizavam campeonatos de bocha.
Segundo ela, a Vila Guilherme de hoje perdeu a antiga
tranquilidade. "Temos problemas com segurança."
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