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LIXO BEM CUIDADO
Adoção tem resistência de funcionários
Palestras de conscientização ajudam na substituição da coleta individual pela reciclagem no condomínio
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Entre os percalços para implementar um projeto de reciclagem no condomínio, pode
estar a oposição das pessoas
que trabalham no prédio.
Isso acontece porque muitos
funcionários vendem, eles
mesmos, os itens recicláveis.
O síndico R.L., de um prédio
em Perdizes (zona oeste), desistiu do projeto de reciclagem
devido ao "engajamento às
avessas" dos funcionários.
"Tive de me fazer de bobo para não entender como ameaças
os "recados" que eles mandaram. Achei melhor deixá-los
com esse ganho extra."
Já a síndica Isabel Pires optou por educação e fiscalização.
"Fizemos um trabalho de conscientização grande com os faxineiros e zeladores", conta.
"Explicamos que, por se tratar de um volume grande, conseguimos um preço melhor pelo material", argumenta.
Depois da implantação, uma
dificuldade são eventuais "furos" das cooperativas, que demoram até duas semanas para
recolher o lixo. "Temos que ligar para pedir a remoção do lixo todos os dias", desabafa a
síndica Eugenia Tonidandel.
Na adesão ao programa de
reciclagem da prefeitura (informações pelo tel. 156), síndicos ouvidos pela Folha reclamaram da falta de contêineres
das concessionárias que fazem
a coleta. Eles apontam que teriam, eles próprios, de arcar
com o custo desse coletor, que
pode chegar a R$ 5.000.
A assessoria de imprensa da
prefeitura prometeu apurar a
denúncia e afirmou que as empresas concessionárias devem
disponibilizar o contêiner.
(MD)
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