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São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

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VERDE

Sindicato da construção civil diz que lei de compensação ambiental, que já resultou em 33 novos parques, inviabiliza obras

Lançamentos desmatam 2 Ibirapueras/ano

Fernando Moraes/Folha Imagem
Parque em construção na Vila Prudente (zona leste de São Paulo)


RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo planeja lançar um certificado ambiental para conceder às empresas de construção civil que cumprirem a lei de compensação ambiental. A medida visa incentivar o setor a participar da preservação e da manutenção das áreas verdes e dos parques da cidade, criando uma espécie de parceria.
Mas ela nasce no mesmo momento em que o Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) resolve protestar contra a legislação ambiental em vigor (portaria 0122/2001), que estabelece os critérios da reposição arbórea. O argumento é que os Termos de Compensação Ambiental (TCAs) oneram o setor excessivamente, inviabilizando obras.
"Somos a favor do desenvolvimento sustentável, mas não a qualquer preço", diz o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Adriano Diogo. Segundo ele, a cidade perdeu, em áreas verdes, o equivalente a dois parques Ibirapuera (3,2 km2) ao ano nos últimos dez anos. "E todo o desmatamento é proveniente de empreendimentos imobiliários." Os TCAs, segundo ele, resultaram na criação de 33 parques em São Paulo. Outros 14 estão em implantação.


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