São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2004

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AMÁLGAMA URBANO

"Quando cheguei aqui, há 15 anos, havia muito verde e alguns barraquinhos", conta Teresinha Piccinini, moradora de um prédio de classe média no Morumbi. Da janela da área de serviço do apartamento, ela vê as casas e ruelas da favela de Paraisópolis e os condomínios de alto padrão que a cercam. A professora aposentada acompanhou o processo de ocupação da região, nas décadas de 80 e de 90. "Depois, vieram casinhas de alvenaria e empreendimentos. Até que apareceu esse estacionamento", diz, apontando para o terreno contíguo ao edifício, pertencente a uma academia. Teresinha quer vender o imóvel, mas não por causa da vizinhança -"a favela nunca me incomodou"-, e sim em razão do condomínio, antes dividido com a irmã, que morreu. "É caro para pagar sozinha."



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