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Programa faz check-up de instalações
Inspeção predial custa de R$ 1.000 a R$ 1.500 e aponta o que precisa ser trocado na estrutura do edifício
Renato Stockler/Folha Imagem
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Denise Gonzaga, síndica de um dos prédios inspecionados pelo Procobre, terá de fazer várias reformas em seu edifício |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Luzes de emergência queimadas, quadros de força que
ainda têm fundo de madeira e
instalações elétricas que assustam moradores nos condomínios mais velhos estão com
seus dias contados.
O Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre) lançou, com
apoio do Corpo de Bombeiros,
da Abempi (Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Manutenção Predial
e Industrial) e do Secovi-SP
(sindicato da habitação), entre
outros, o Programa Casa Segura, que inspecionou 150 prédios
residenciais de São Paulo, de janeiro a abril deste ano.
Denise Espíndola Gonzaga,
23, síndica de um dos condomínios avaliados, comenta que "os
laudos indicaram pequenos
problemas que exigem ajustes
às normas técnicas atuais, pois
o edifício tem 25 anos".
Ela participou dos seminários gratuitos oferecidos em
2005 pelo programa. "Houve
sorteio dos condomínios que
seriam inspecionados pelo plano-piloto", explica a síndica. Os
contemplados não pagaram pela inspeção, mas terão de arcar
com os reparos necessários.
Gonzaga se prepara para
uma jornada de reformas na
brigada de incêndio, no pára-raios e nas instalações elétricas.
"Fios desencapados, chaves e
disjuntores oxidados são problemas comuns de prédios
mais velhos", explica o engenheiro eletricista do programa,
Mario Sergio Cambraia, 51.
Ele participou da inspeção
dos condomínios sorteados e
conta que encontrou disjuntores "jampeados" (com um fio ligado à entrada e à saída do disjuntor, desviando a corrente
elétrica), que apresentavam capacidade de carga inferior à requerida por aparelhos eletrônicos que os sobrecarregavam.
Inspeção paga
"O perigo de incêndio é grande em vários edifícios, e os síndicos nem se dão conta disso,
pois têm pouco conhecimento
técnico", argumenta Cambraia.
A partir de agora, quem se interessar pelo Programa Casa
Segura terá de contratar o serviço de inspeção de empresas
de manutenção e engenheiros,
o que poderá custar, para um
condomínio de dez andares, de
R$ 1.000 a R$ 1.500.
Esse valor inclui só a avaliação, com emissão de um laudo
técnico, ficando a busca de empresas para os devidos reparos
por conta do próprio síndico.
"Estou providenciando de
três a cinco orçamentos por
item a ser atualizado", conta
Gonzaga, que diz não poder financiar todos os custos de uma
só vez. "Estamos fazendo aos
poucos, para não ter de reajustar o valor do condomínio."
O vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Secovi-SP, Hubert
Gebara, 69, incentiva "tudo o
que pode dar mais segurança
aos condomínios".
"Apoiamos o projeto, mas
não obrigamos ninguém a participar dele. O papel de administradores e síndicos competentes é o de organizar vistorias
semestrais, principalmente nas
partes elétricas ou de proteção
contra incêndios", aponta.
(GIOVANNY GEROLLA)
A Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas indica empresas que
fazem vistoria; 0/xx/11/5539-8048
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