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GINÁSTICA ARRÍTMICA
Para incorporador, sala de ginástica exercita marketing
Construtoras entregam 100% dos lançamentos com esse item, mas só um terço dos moradores o utilizam
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de ter uma sala de ginástica a um elevador de distância, muitos moradores não
utilizam esse espaço.
Segundo um levantamento
feito pela construtora Company, cerca de 30% dos compradores de seus apartamentos
fazem uso desse item de lazer.
Ivone Zucon de Oliveira, 59,
admite que prefere caminhar
ao ar livre, mas diz que não deixa de usar a esteira.
"Meu rendimento é melhor
quando faço exercício no parque, mas, se tenho pouco tempo, a sala de ginástica é mais
prática", conta.
Do lado dos incorporadores,
porém, a porcentagem de uso
do fitness, não propriamente
para exercitar o corpo, e sim a
caixa de ferramentas de marketing, é bem maior.
"A academia é um objeto de
consumo dos compradores,
mesmo que não a usem", pontua Fábio Romano, 32, gerente
de incorporação da Company.
Para o arquiteto Wilson Marchi, esse espaço foi incorporado
ao aumento do térreo e à necessidade de incrementar as áreas
de lazer. "Há uma busca grande
por ele, e é comum que as construtoras entreguem-no pronto
e equipado", explica.
Parceria
Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário e Company
são exemplos de incorporadoras que constroem salas de ginástica em 100% de seus empreendimentos, independentemente da faixa econômica.
A Company desenha os projetos dos espaços de fitness em
parceria com a academia Reebok. "A empresa fornece equipamentos e disponibiliza professores para os condôminos,
que podem usar os serviços de
personal trainer em sistema
pay-per-use (paga quando
usa)", afirma Romano.
Uma vez a sala equipada e em
funcionamento, o próximo passo é a manutenção dos aparelhos, atribuição do síndico, pela
Lei dos Condomínios (4.591/
64), e que deve ser paga pelos
moradores, de acordo com a
Lei do Inquilinato (8.245/91).
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