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Consorciado perde poder de compra
Reajuste da carta de crédito não acompa nha mercado imobiliá rio
ADRIANA CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quando contratou um
consórcio imobiliário, há
mais de cinco anos, o microempresário Rogério
Sollis, 39, pretendia comprar
um sobrado de dois dormitórios na zona norte de São
Paulo -essa foi a referência
para o valor de sua cota.
Percebendo a valorização
imobiliária, Sollis comprou
uma segunda cota do consórcio. Há dois meses, foi contemplado com duas cartas de
crédito. "Mas já não consigo
comprar nem um imóvel usado do mesmo tipo", afirma.
Assim como o microempresário, quem contratou um
consórcio antes do boom
imobiliário iniciado em 2006
tem esse problema.
"Ninguém previa que os
preços fossem chegar a esse
ponto", afirma o presidente-executivo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), Paulo
Roberto Rossi.
De acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira
de Estudos de Patrimônio),
de 2006 a 2009, o preço médio do metro quadrado de
imóveis de dois dormitórios
na capital paulista teve aumento de 39,4%.
Enquanto isso, os consórcios são reajustados pelo
INCC (Índice Nacional de
Custo da Construção) ou,
mais raramente, pelo CUB
(Custo Unitário Básico) -indicador de inflação da construção civil. O acumulado do
INCC no período é de 28,8%.
"Quando o mercado estava em baixa, ninguém pensou em manter uma folga em
relação ao valor do imóvel
desejado", considera.
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