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ANÁLISE
Consórcio vale a pena para quem é sorteado no começo
ROY MARTELANC
ESPECIAL PARA A FOLHA
As pessoas perguntam o
que é mais vantajoso: consórcio, financiamento de
imóvel ou poupança para
comprá-lo mais tarde. A resposta depende de quanta
pressa a pessoa tem para se
mudar para a nova casa e de
quanto pode dar de entrada.
Em um financiamento de
imóvel pronto, é casa nova
já. A poupança é uma boa opção para quem não paga aluguel e pode esperar pelo imóvel. Nada como ter os maiores juros do mundo trabalhando a favor da gente. O
risco é de os preços dos imóveis dispararem novamente.
O consórcio é uma das
operações financeiras mais
difíceis de entender, pois é
uma mescla de financiamento, poupança e loteria.
O resultado financeiro do
consórcio depende da sorte.
Se a pessoa é contemplada
logo, o consórcio equivale a
um financiamento barato. Se
a pessoa é contemplada do
meio para o final, é uma poupança em que a pessoa paga
juros ao invés de recebê-los.
O risco aqui é o mesmo da
poupança, de os preços dispararem mais uma vez e a
pessoa não conseguir comprar o bem tão desejado.
ROY MARTELANC é professor de finanças
da Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade da USP (Universidade de
São Paulo)
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