São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 2002

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BRONCA

"Sociedade não tem participado"

DA REPORTAGEM LOCAL

"A Vila Prudente tem pelo menos 50 sociedades amigos de bairro, mas só três ou quatro compareceram às primeiras reuniões de discussão do Plano Diretor", lamenta Marco Antonio Costa, 45, vice-presidente do Maeb (Movimento de Associações e Entidades de Bairros de São Paulo).
Na opinião dele, "ou a subprefeitura não tem a lista de todas as entidades da região ou simplesmente não as convidou".
Costa diz considerar o tempo para a discussão do Plano Diretor (até janeiro) muito curto, sobretudo porque o que for acertado agora vai orientar a organização da cidade nos próximos dez anos.
Segundo ele, o problema é que os bairros periféricos, como a Vila Prudente, mudam com uma velocidade acima da observada nas zonas consolidadas. "Em cinco anos, um terreno pode ser invadido e virar uma grande favela", diz.
Para ele, a cidade deveria rediscutir o plano a cada ano, pelo menos nas áreas mais pobres. "A tarefa poderia ficar a cargo das subprefeituras", sugere.
Ele reclama ainda do fluxo de informações sobre o tema. "Para nós, tudo foi feito de boca, sequer distribuíram o texto do plano para que pudéssemos discutir com nossa comunidade."
"As sociedades amigos de bairro têm atuado, mas a participação poderia ser maior", reconhece Carlos Eli Gonçalves, subprefeito de Vila Prudente. (NB)


Envie sua "bronca" do Plano Diretor para Alameda Barão de Limeira, 425, 4º andar, Campos Elíseos, CEP 01202-001, São Paulo, SP, ou pelo e-mail imoveis@uol.com.br.


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