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Usados atraem investidores
Embora apresentem rentabilidade menor, imóveis oferecem atrativo da segurança
CRISTIANE CAPUCHINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em meio a oscilações do
mercado financeiro, os ramos
de imóveis residenciais usados
e comerciais percebe uma alta
no número de investidores.
"Eles buscam um porto mais
seguro e uma rentabilidade
menor", diz André Souyoltgis,
da Coelho da Fonseca.
"Investimento em imóvel é
muito procurado em épocas de
crise", afirma o consultor financeiro Caio Torralvo.
Dados do Creci-SP (conselho
de corretores) mostram que residenciais usados na capital valorizaram de 6,21% a 187,97%,
conforme localização e tipo, de
janeiro a setembro, acima de
rendimentos como poupança e
CDB (Certificado de Depósito
Bancário). Entre os mais procurados estão os dois-quartos.
Mesmo com uma percepção
de retração no número de negócios fechados em outubro,
"players" do mercado não acreditam em depreciação.
"O usado não teve a loucura
da valorização dos novos, valorizou-se em função de coisas
concretas, como construção de
metrô", explica Roseli Hernandes, gerente da Lello.
Para Guilherme Ribeiro, diretor de seminovos da Fernandez Mera, "com o mercado ainda aquecido, os altos preços
dos novos e a disponibilidade
de financiamento, a liquidez do
usado aumenta", afirma.
Um aspecto que pode impulsionar o comércio de usados é a
expectativa de redução do número de lançamentos. "O novo
está muito caro, e sua oferta vai
diminuir", opina José Viana
Neto, presidente do Creci-SP.
O professor de mercado de
capitais Keyler Carvalho Rocha, da FEA-USP (Faculdade
de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade
de São Paulo), é mais reticente
e acha difícil fazer um prognóstico da variação de preços.
"Enquanto imóveis em região de metrô foram valorizados, imóveis na região da avenida Paulista, por exemplo, tiveram queda", relativiza.
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