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INVESTIMENTO EM USADOS
Residenciais de poucos dormitórios têm mais liquidez
Especialistas recomendam que bem esteja em bairro consolidado e que a taxa de condomínio seja baixa
DA REPORTAGEM LOCAL
O investidor que procura a
relativa segurança do mercado
de usados precisa seguir algumas recomendações na hora de
escolher o bem para comprar.
Se, em geral, esse tipo de
imóvel possui "menor variação
em volume de vendas e preço
médio" nos tempos de crise, segundo Ademar Larine, diretor
comercial da Lopes, alguns padrões específicos têm maior
potencial de lucratividade.
Para as imobiliárias, o pequeno investidor deve procurar
apartamentos com poucos dormitórios e condomínio baixo.
"Aconselhamos sempre os de
um e de dois dormitórios, pois a
procura é muito maior do que a
demanda e o valor do aluguel é
bom", afirma Roseli Hernandes, da Lello Imóveis.
Com a busca de alguns investidores por imóveis de preço
mais alto, a média de valor dos
usados vendidos pela Lello em
outubro alcançou R$ 400 mil,
acima dos R$ 250 mil usuais.
Outra recomendação é comprar imóveis em bairros já consolidados. "Regiões que estão
sendo estruturadas levam tempo de maturação. Um bairro
que todo mundo conhece tem
maior procura e estabilidade",
indica Guilherme Ribeiro, da
Fernandez Mera.
Como é o momento de algumas empresas buscarem se capitalizar, outra dica é negociar
abatimentos. "Investidores que
compram à vista conseguem
desconto", diz João Crestana,
presidente do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).
Ressalvas
Antes de decidir pela aplicação em imóvel, especialistas recomendam atenção a algumas
particularidades desse tipo de
investimento. O consultor financeiro Caio Torralvo ressalta
que imobilizar grande parte do
capital pode ser arriscado no
momento em que se precisa de
dinheiro na mão.
"Há ótimas oportunidades
em imóveis, mas o cliente deve
estar ciente dos riscos. O imóvel não é um artigo de liquidez."
Keyler Carvalho Rocha, professor de mercado de capitais
da FEA-USP, lembra que a renda recebida por meio de aluguéis é tributada progressivamente no Imposto de Renda,
enquanto a renda fixa de depósitos financeiros não.
Em relação a rentabilidade,
os imóveis comerciais costumam ser mais lucrativos -em
torno de 1% do valor do imóvel.
"Eles [investidores] querem
comerciais que estejam em seu
primeiro contrato de locação,
que poderá ser prorrogado por
outros cinco anos", comenta
Hernandes, da Lello.
Primeiro imóvel
Para o consumidor que está
atrás de uma casa não para investimento, mas para moradia,
a conjuntura também pode ser
vista como favorável.
Alguns bancos têm linhas de
crédito em que não houve aumento de taxa, como a Caixa
Econômica Federal e o Banco
do Brasil, que também permitem usar FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
No mercado de usados, as
imobiliárias falam sobre o aumento de vendas por conta do
financiamento. "O usado tem a
vantagem de preço e condições
semelhantes de financiamento", pondera Rocha.
(CC)
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