São Paulo, domingo, 18 de agosto de 2002

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EXPLOSÃO HORIZONTAL

Nos 13 condomínios lançados, há 512 casas, média de 39 por empreendimento; no Morumbi, proporção é de apenas 10

Rio Pequeno é "inundado" por condomínios

ANA PAULA DE OLIVEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A zona oeste de São Paulo abriga os dois distritos campeões no quesito condomínios horizontais: se o Morumbi lidera o ranking em número de empreendimentos (9,3%), o Rio Pequeno é o que reúne maior número de casas construídas (11,9%) na capital entre 1997 e 2001, revela o Datafolha.
Dos 10 condomínios já prontos no Rio Pequeno, 9 têm a chancela da incorporadora Marvin: as Villas de São Francisco. "Foi um achado: em 96, quando compramos a área, não existia acesso nem urbanização; hoje, o preço do terreno quadruplicou", diz Renato Marcondes, sócio-diretor.
"Há dez anos, não existia nada aqui. Com a vinda dos shoppings, o distrito não parou mais de crescer", afirma Jamim Ghendov, dono da D'Ghezarro, imobiliária que comercializa o menor condomínio do distrito, o Vila Encantada, com apenas oito casas.
Mas nem tudo é perfeito no Rio Pequeno: 10% das 598 ruas do distrito não foram asfaltadas e, desde 2001, apenas 22 foram pavimentadas; há pontos de alagamento em épocas de chuva e 16 favelas.
Porém, para Takashi Komaki, 36, da ONG Proseg, que presta assistência à Polícia Militar do distrito, o índice de violência não é alarmante. Mas, segundo levantamento da Prefeitura de São Paulo, a situação da maioria dos moradores não é das melhores.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que leva em conta renda média, alfabetização e estudo, é 0,561, próximo ao da Índia. Distritos considerados europeus, como o Morumbi, possuem IDH acima de 0,8, e regiões comparadas com a África, como Parelheiros, têm menos de 0,5.


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