DA REPORTAGEM LOCAL

Se há alguns anos morar num condomínio horizontal era exclusividade de quem tinha alto poder aquisitivo, hoje a realidade é diferente: já há opções de preços "populares", a partir de R$ 40 mil.
Como consequência direta dessa mudança de perfil, o preço médio do metro quadrado útil desses imóveis desabou: caiu 31%, em São Paulo, e 21%, na região metropolitana, segundo o Datafolha.
"Já não há mais terrenos nas áreas centralizadas, em geral, mais caras. Então, começou a se construir nas regiões periféricas, em que o custo do terreno é bem menor", avalia Carla Ponzio, 36, analista da Bolsa de Imóveis.
Na capital, a maior variação ficou por conta das casas de quatro dormitórios, que ficaram 24% mais baratas. Já os imóveis de dois dormitórios na região metropolitana custam 51% menos.
"Houve queda de preço, não desvalorização", ressalta o vice-presidente do Secovi-SP (sindicato das imobiliárias e construtoras), Sérgio Vieira. "A expansão para regiões mais baratas e a introdução de produtos menores permitiram reduzir os preços."
Para o professor de arquitetura e urbanismo da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Edison Favero, 51, outro motivo é a diminuição dos custos de construção e manutenção de casas, ocorrida nos últimos anos. (CA)


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