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Oferta baixa infla preços em 14%
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os apartamentos no centro são
hoje, em geral, raros, grandes e caros. Segundo o estudo Datafolha,
o valor dos imóveis da região subiu em média 14% nos últimos
cinco anos, e a área útil média das
unidades deu um salto de 8%.
Apesar de a oferta ter aumentado
muito, continua escassa: apenas
17 lançamentos em 2003.
Comparativamente, as unidades de um e de dois dormitórios
são mais espaçosas no centro do
que nas zonas leste e norte da cidade. "É a demanda que determina isso, as pessoas querem morar
no centro, mas não buscam mais
as velhas quitinetes, querem espaço", diz Paulo Roberto de Souza,
57, corretor no centro há 15 anos.
Segundo ele, o perfil do morador da região é jovem, com idade
na faixa dos 30 anos, profissional
liberal e boêmio. "Antes, esse público só queria morar em bairros
badalados, como Vila Madalena e
Vila Olímpia, e tinha muito preconceito com a região central",
comenta. "Com as festas daqui
[nas regiões da República e do
Vale do Anhangabaú], eles passaram a ver os bairros com outros
olhos, e a demanda cresceu."
As unidades que mais valorizaram na região foram justamente
as de um (22,5%) e de dois (8,1%)
dormitórios, segundo o Datafolha. Os três-quartos encareceram
só 0,6%, enquanto os quatro-quartos perderam 5,2% do valor.
Mário França, 54, diretor da Requadra Desenvolvimento Imobiliário, confirma que a demanda
por imóveis no centro prioriza o
que é "compacto e acessível". A
empresa tem quatro lançamentos
na região e afirma que a comercialização vai bem. "Construí um
prédio de 50 m2, com dois dormitórios, na Liberdade, e foi um sucesso de vendas", diz. Cada unidade custou R$ 70 mil.
(EF)
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