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Anália Franco e Butantã lideram em lançamentos não vendidos
Percentual de apartamentos vazios nessas regiões supera o dobro da média de São Paulo
Áreas que têm menor velocidade de venda permitem ao comprador barganhar redução do preço de unidade nova
CRISTIANE CAPUCHINHO
DE SÃO PAULO
O percentual de apartamentos lançados em São
Paulo que ainda não foram
vendidos é baixo -10% nos
últimos 36 meses-, mas algumas regiões têm estoques
superiores ao dobro disso.
Anália Franco (28,9%; zona leste), Butantã (21,6 %; zona oeste), Chácara Santo Antônio (19,4%; zona sul) e Morumbi (19,3%; zona oeste)
são as zonas de valor com
maior percentual de imóveis
ainda vagos entre os lançados nos últimos três anos, de
acordo com levantamento
feito pela Inteligência de
Mercado da Lopes (confira
mapa na pág.4).
Se ter 20% de imóveis em
estoque pode não parecer
muito para quem lembra de
altos estoques em 2005, com
o mercado imobiliário aquecido, as incorporadoras têm
preferido aumentar a velocidade de venda de seus empreendimentos, mesmo que
isso dependa de concessões
ao comprador.
"No passado, muitas empresas seguravam unidades
para vender mais caro quando estivesse próximo da entrega do empreendimento",
afirma José Roberto Federighi, diretor da imobiliária
DelForte Frema. "Hoje, as
grandes incorporadoras querem vender tudo o mais rápido possível, antes mesmo da
obra", acrescenta.
A mudança do mercado leva imobiliárias a dar início à
venda de estoque após seis
meses do lançamento. "Algumas após três meses já
chamam de remanescentes",
diz Roberto Coelho da Fonseca, diretor de lançamentos
da Coelho da Fonseca.
MARGEM
Na contramão do mercado, comprar apartamento em
lugares em que as vendas
baixaram é uma opção para
quem quer negociar.
"Se o incorporador e a vizinhança têm estoque, o consumidor pode barganhar
preço ou outras vantagens",
afirma Paola Alambert, diretora de marketing da Abyara.
No leque de ofertas encontram-se promoções para ganhar desde cozinha e "home
theater" até opcionais, como
o kit churrasqueira.
A informação sobre o estoque da região é útil na hora
da pechincha, mas o comprador deve considerar duas vezes o interesse no negócio.
"Estoque pode ser um indicativo de que os preços ali
não devem subir e de que pode haver até mesmo desvalorização", pondera João Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação).
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