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Cinco distritos da zona sul compõem o rol dos excluídos pelo mercado nos últimos cinco anos: Grajaú, Jardim Ângela, Marsilac, Parelheiros e Pedreira.
"Não é de se estranhar", afirma o urbanista Cândido Malta, 67, secretário de planejamento da prefeitura. "Todos são bairros populares. O Jardim Ângela, por exemplo, é o mais conflagrado da cidade, onde há muitas mortes."
Douglas Duarte, diretor de vendas da Tecnisa, explica que "a carência habitacional é grande, mas o poder aquisitivo da população local não permite a compra. E existem por ali mananciais."
"Lá tem demanda, mas não tem renda", corrobora Maurilio Scacchetti, gerente comercial da Rossi. "São regiões muito distantes das mais centrais, nelas, os investimentos não são viáveis."
Para as empresas, então, o ris- co ao incorporar é alto. "Há a dependência do financiamento bancário e da análise de renda dos compradores", pondera Marcella Carvalhal, 32, gerente de marketing da Klabin Segall. "A inadimplência nesses distritos costuma ser muito elevada", completa Duarte. (EV)

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