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Nos últimos cinco anos, os apartamentos muito grandes, com mais de quatro quartos, cresceram 30% em área útil na zona sul. Os pequenos, com um dormitório, ficaram 18% maiores. Na média, o crescimento geral foi de 5%. Segundo especialistas, os números refletem as tentativas do mercado para agradar dois públicos: o jovem executivo que ganha muito e mora sozinho e a família cuja renda também se elevou.
Tomando como base os bairros campeões em lançamentos, Moema e Vila Andrade, o consultor Sandro Marcondes Pincherle explica: "As empresas que pagam os melhores salários estão na região, isso faz com que o mercado encontre uma demanda de pessoas com poder aquisitivo para pagar pelos imóveis, mas mais exigentes com relação ao tamanho".
O foco, em geral, é o público jovem. "Atualmente uma pessoa de 35 anos já está muito bem posicionada profissionalmente e casa com alguém igualmente bem-sucedido. Foi para essa demanda que o mercado imobiliário se voltou nesses anos", completa. Para os solteiros, o mercado aumentou a oferta de produtos com um dormitório, como os lofts.
O crescimento das unidades com mais de quatro quartos também foi uma forma de os construtores adaptarem os imóveis ao gosto do comprador. "Como o produto passou a ser atrativo e seus preços foram elevados, a área útil teve de ser condizente", explica Cícero Yagi. (EF)


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