São Paulo, domingo, 21 de março de 2010

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Kits são opção

Cinco dicas da feira Revestir

Construtoras oferecem pacotes fechados de itens de acabamento para os imóveis

EDSON VALENTE
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS

Construtoras e incorporadoras adotam diferentes estratégias ao negociar com compradores os acabamentos de apartamentos adquiridos na planta.
Uma das fórmulas encontradas pelas empresas para atender a diversos perfis de morador foi a disponibilização de kits com opções de produto.
Nas unidades da Cosil, por exemplo, a escolha passa não só pelos padrões das peças mas também pelo conceito, tão em voga, da sustentabilidade.
Além de alternativas como básica e "master" -a de itens mais caros-, o cliente da construtora pode selecionar o kit sustentável, com componentes como bacias com controle do fluxo de água e produtos feitos de madeiras certificadas.
A flexibilidade de misturar itens de diferentes pacotes é limitada. "Depende do empreendimento", diz Samara Meneses Silva, gestora de incorporações da Cosil. "Em uma obra pequena, deixamos o cliente personalizar [acabamentos]. Se é muito grande, dificulta a logística."
Na incorporadora Yuny, o procedimento varia de acordo com o preço da unidade. "O cliente pode optar por kits e, para imóveis de mais de R$ 1 milhão, trabalhamos com a personalização total", comenta Fabio Romano, diretor de incorporações da empresa.
Nesse caso, o cliente precisa contratar um arquiteto particular. "O comprador faz o que quer, desde que não mexa nas estruturas hidráulica e elétrica e na fachada", afirma.
O cômputo dos gastos com materiais é feito em um sistema de créditos e débitos. "O acabamento padrão é creditado, e tudo o que o substituir será debitado. O cliente pagará a diferença", explica Romano.
A Brookfield Incorporações não trabalha com kits. "Por mais que sejam disponibilizados diferentes itens, sempre haverá aquele que faltou", justifica José de Albuquerque, diretor de incorporação.
"Usamos a personalização. É preciso dar ao cliente o direito de fazer o que quiser, desde que não cause problemas nas prumadas e não altere a fachada."
É cobrada uma taxa administrativa para a realização das modificações, que equivale, em média, a 20% da soma dos valores dos itens que substituírem os previstos inicialmente.
A Folha visitou a Revestir, feira internacional de revestimentos realizada de 9 a 12 de março em São Paulo, e pinçou dicas para o acabamento de um imóvel comprado na planta; confira nesta página.

1 - VINIL
Rodrigo Capote/Folha Imagem
Antialérgico e antiaderente, indicado para quartos infantis, o revestimento vinílico da coleção Imagine Magic promete absorver os ruídos das pisadas; em seis estampas diferentes, como quebra-cabeça gigante (foto) e pista de corrida. Comercializado em mantas de 2 m x 25 m Fademac (www.fademac.com.br) R$ 60 o m2 colocado

2 - AZULEJOS
Rodrigo Capote/Folha Imagem
Criadas pela italiana Ceramica Bardelli, as peças da linha Isabel, com design de Ruben Toledo, podem ser aplicadas em faixas, em blocos ou na parede toda Officina delle Pietre www.officinadellepietre.com.br R$ 2.500 o m2

3 - PORCELANA
Rodrigo Capote/Folha Imagem
Pastilhas para revestir paredes (linha Rupestre Primitive, peças de 5 cm x 5 cm) e painéis (coleção Formatto, peças de 2,5 cm x 2,5 cm) NGK (www.ngkntk.com.br) R$ 110 o m2 (painel) e R$ 115 o m2 (parede)

4 - PAPEL
Rodrigo Capote/Folha Imagem
Em paredes, tetos e armários, o Papier Souche reproduz imagens diversas e texturas de pedra, madeira, azulejo e tijolo, entre outros materiais Estúdio Giclée (www.estudiogiclee.com.br) R$ 210 o m2 (1,30 cm de largura)

5 - MADEIRA
Rodrigo Capote/Folha Imagem
Na parede do ambiente, painel da linha Prisma; no piso, laminado Tauari Ravena, feito de madeira certificada e com proteção antibacteriana Durafloor (www.durafloor.com.br) R$ 175 (painel com 15 mm de espessura, não incluída a instalação); R$ 68 o m2 colocado (piso)



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