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IMÓVEL NA PLANTA
CEF repassará o dinheiro do comprador para a construtora de uma só vez, e não mais em parcelas mensais
Mudam as regras para o uso do FGTS
free-lance para a Folha
A partir do dia 1º de abril, a compra de um imóvel na planta com o
uso do FGTS (Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço) estará mais
fácil. Esse é o prazo máximo para
que os agentes financeiros (bancos
responsáveis pelo financiamento
de imóveis) se adaptem à nova forma de liberação do fundo.
Com a mudança, a CEF (Caixa
Econômica Federal) irá repassar
ao banco todo o FGTS do comprador do imóvel de uma só vez. O valor irá para uma conta de poupança e será resgatado de acordo com
as necessidades da construção.
A vantagem desse novo sistema
está no maior número de empreendimentos que aceitarão o
fundo de garantia como forma de
pagamento para a aquisição de
unidades na planta.
O FGTS poderá quitar uma parte
qualquer do financiamento: entrada ou prestações pós-chaves.
Até agora, poucos bancos aceitavam esse dinheiro nos financiamentos, apesar de o uso do fundo
para esse fim estar autorizado há
dois anos. Isso porque o FGTS era
repassado às construtoras em parcelas iguais e mensais, independentemente da fase da construção.
Fim da burocracia
"O engenheiro da CEF tinha de
vir à obra examinar o projeto para
liberar uma das parcelas do fundo.
Era uma burocracia", diz o diretor
de programas habitacionais do Secovi-SP (sindicato das construtoras e imobiliárias), Basílio Jafet.
Por conta disso, nesses dois anos,
menos de 50 mil apartamentos na
planta foram vendidos por esse
sistema.
Para Jafet, a liberação única do
fundo pela CEF irá facilitar cerca
de 30% dos compradores, que hoje
não dispõem de recursos para dar
a entrada no imóvel. "Agora, eles
poderão utilizar o FGTS."
O coordenador da área de FGTS
da CEF, José Maria Leão, explica
que outra vantagem com a mudança é o fato de o dinheiro ser depositado em uma conta-poupança.
"Nessa conta, o valor depositado
rende 6% ao mês, mais a TR." Antes, com o repasse do dinheiro em
parcelas iguais, o dinheiro rendia
metade desse percentual.
Futuro
Paulo Bossan, 37, usará o FGTS
na compra de um imóvel na planta: um apartamento de 60 m2, no
valor de R$ 60 mil, em Osasco (SP),
comercializado pela Triumpho. "É
um investimento para os meus filhos, no futuro. Não tenho pressa."
Ele conta que, com o FGTS, será
possível pagar dois terços do imóvel. O restante será parcelado após
a entrega das chaves. "Só vou me
preocupar com os pagamentos no
final do ano que vem", afirma.
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