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São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2003

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De 2000 a 2002, número de prédios comerciais saltou de 25 para 52; outros cinco estão em fase de lançamento

Escritório está em alta em Alphaville

Fernando Moraes/Folha Imagem
Antonio Muniz Simas, presidente da Dil Brands, agência que trocou a Oscar Freire por Alphaville


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O número de prédios comerciais em Alphaville mais que dobrou de 2000 para 2002: saltou de 25 para 52 empreendimentos, segundo a consultoria Jones Lang LaSalle. Outros cinco -em fase de lançamento- devem ser entregues nos próximos três anos.
O bairro de Barueri (32 km a oeste de São Paulo), com população fixa de 35 mil pessoas (são 25 residenciais que totalizam 11 mil unidades) e flutuante de 140 mil pessoas, cresceu tanto que pare- ce uma cidade. Os estabelecimentos comerciais chegam a 3.000.
Hoje 57% dos escritórios de Alphaville têm padrão B (ar-condicionado central e pé-direito de 2,50 m). O restante é A (lajes de mais de 500 m2 e pé-direito de 2,60 m), 22%, e C (sem ar-condicionado), 21%. Não há AA (lajes superiores a 800 m2, automatizados e pé-direito de 2,70 m).
Os atrativos de Barueri são o ISS (Imposto Sobre Serviços), que já foi de 0,5% e hoje é de 2%, contra 5% de São Paulo, e preços de locação médios de R$ 20 a R$ 35 o metro quadrado, valor que cresce até 23% na capital (veja quadro).
"Alphaville agora tem escritórios com padrão antes só encontrado em São Paulo", afirma Paul Weeks, 44, diretor da consultoria Cushman & Wakefield. Além disso, acrescenta, "o acesso melhorou com as obras na Castelo Branco e a construção do Rodoanel".
Há outras vantagens. "A mão-de-obra local é qualificada, e os custos são menores", analisa Eufrasio Humberto Domingues, 38, diretor da Conspar, incorporadora do Bethaville, comercial recém-lançado. "E, em Barueri, há menos burocracia e mais rapidez na instalação de uma empresa."
Mas, para Fabio Auriemo, 50, presidente da Aecom (associação de escritórios de São Paulo), os comerciais de Alphaville ainda não têm o padrão dos da capital. "O mercado é provinciano." Além disso, quem está se instalando corre o risco de já encontrar inconvenientes das metrópoles. "O trânsito está infernal nas ruas internas", constata Jorge Fernandes, 48, da imobiliária Cidplan.
Essa perspectiva não assusta investidores como a Rabbit, empresa holandesa de eventos esportivos que chega agora ao país. "Escolhemos Alphaville por questões convidativas", diz um dos sócios, Antonio Serralha, 56. "Vamos entrar para o setor de construção, e aquela região tem muito capital."
A agência de design Dil Brands também fez as malas e deixou a rua Oscar Freire. "Nosso contato com clientes se dá basicamente pela internet", justifica Antonio Muniz Simas, 73, presidente. "Selecionamos um escritório que facilitasse essa comunicação com a rapidez do sistema de fibra ótica e que oferecesse maior qualidade de vida e menos poluição, além de segurança." (EDSON VALENTE)



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