São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2008

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Espírito de Natal para o ano todo

Síndico diplomático e organização de festas e eventos mantêm paz entre os condôminos

Marcelo Justo/ Folha Imagem
Em prédio na Vila Leopoldina (zona oeste), moradores fazem confraternização de final de ano

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se o cotidiano é de canos furados, latidos incessantes e vagas de garagem disputadas no condomínio, o Natal e o Ano Novo são épocas para repensar o relacionamento com aquele vizinho "chato e barulhento".
Para minimizar atritos que acontecem na maioria dos prédios, consultores apontam a criação de eventos que permitam a integração dos moradores -sem faltar um síndico diplomático e "bom de ouvido".
Ao longo do ano -e não só ao final dele-, organizar eventos de integração entre os moradores, como festas juninas e "pizzadas", é fundamental para o clima de boa convivência.
No prédio em que mora, o cirurgião-dentista Paulo César dos Santos abraçou a responsabilidade pela "área" de eventos. Lá são comuns, por exemplo, almoços temáticos e campeonatos esportivos.
"Tenho cerca de quatro colaboradores entre os condôminos. Como sei o que cada um mais gosta de fazer, é possível repassar a organização das atividades", explica.
Ele tem até patrocinadores para os eventos. Uma loja da rua forneceu bolas para o campeonato de futebol, que premiou os vencedores com vales-compra do estabelecimento.

Papel do síndico
Rosely Schwartz, professora do curso de administração de condomínios da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), diz acreditar que, para melhorar os relacionamentos dentro do prédio, a união faz a força.
"Quanto mais as pessoas conviverem e tiverem um objetivo comum, maior será o entendimento entre elas."
Marli de Almeida, 44, gerente de condomínio, aposta na clareza das regras para dissipar conflitos e preservar o relacionamento entre os moradores.
"É importante haver procedimentos que todos conheçam. Se o som está muito alto, mesmo no horário permitido, quem está incomodado me chama", exemplifica. "Se o volume ultrapassa o limite do bom senso, eu mesma peço para abaixá-lo."
Ela aponta outra possível fonte de discórdia: os novos condôminos. "Se essas pessoas só moraram em casas antes, pode ser que desconheçam algumas regras. Por isso, é importante apresentá-las ao regulamento do prédio", sugere.
Para Hubert Gebara, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato das empresas de compra, venda, locação e administração de imóveis), o clima amistoso e a educação entre as pessoas deve prevalecer mesmo quando há discordâncias. "É sempre mais fácil resolver as coisas com simpatia", fala.


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