São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

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Economia começa com redução de horas extras

Se há empregados sobrecarregados, saída pode ser contratar mais gente

Individualizar medição de água gera uma economia de até 30% no gasto do insumo por inibir desperdício

DE SÃO PAULO

Antes de optar pela dispensa da administradora para reduzir os custos no orçamento do prédio, vale investigar a possibilidade de enxugar outras contas mais onerosas para o condomínio.
A dica é começar a análise pelas despesas que historicamente mais pesam no caixa do prédio: pessoal e encargos -que consomem 49% dos recursos-, água, energia elétrica e elevadores (confira no quadro ao lado).
Uma dica é checar se algum funcionário tem feito horas extras além da conta. "É preciso verificar se existe essa necessidade", diz Rosely Schwartz, professora do curso de administração de condomínios da EPD (Escola Paulista de Direito).
"Se a pessoa não dá conta do serviço, pode valer mais a pena contratar mais um funcionário", avalia.
Até mesmo cortar as horas extras requer cautela. "Se um empregado faz esse expediente há mais de um ano, sua supressão pode levar a uma indenização", alerta Schwartz. "Convém consultar o sindicato da categoria."


INDIVIDUALIZAÇÃO
O segundo maior gasto é com a água. "Um grande redutor de custos é a individualização da medição do consumo", afirma Rene Vavassori, diretor de atendimento da administradora Itambé.
Cada morador paga o que efetivamente consome -isso inibe desperdícios. "Gera uma redução de até 30% no gasto", calcula Vavassori. "Mas é preciso ter tubulações adequadas para implantar o sistema. Prédios mais novos, de cinco ou seis anos, possuem essa infraestrutura."
Em edifícios mais velhos, o preço das adaptações físicas necessárias pode inviabilizar a instalação. Também é importante pesquisar uma empresa de confiança.
Ana Paula Pellegrino, diretora da administradora Adbens, sugere atentar para vazamentos no condomínio, "vilões do consumo", como medida contra as perdas.
"A cada seis meses é preciso fazer uma inspeção nas unidades e nas áreas comuns", sugere Schwartz.


ENERGIA
Para não esbanjar energia elétrica, a dica é instalar temporizadores que desligam luzes em horários programados e sensores de presença. A adoção de lâmpadas frias ou fluorescentes, mais econômicas, também é indicada.
Investir na modernização dos elevadores é outra providência contra o apagão nas contas: novos modelos de motor demandam cerca de 20% menos energia.
Negociar com prestadores de serviço também é uma maneira de engordar as reservas condominiais. Nesse caso, é mesmo o síndico quem conduz diretamente as transações, esclarece Vavassori, da Itambé.
"É ele quem contrata, e não a administradora. Por isso sempre conseguirá um preço de fechamento [do negócio] melhor que o que a empresa conseguiria, ao contrário do que se pode supor."
Uma sugestão é apresentar à atual prestadora de um serviço alguns orçamentos mais baratos de concorrentes, para pressioná-la a reduzir seu preço. (EV)


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