DA REPORTAGEM LOCAL

A CEF (Caixa Econômica Federal) lançou, nesta semana, o Fundo de Investimento Imobiliário Edifício Almirante Barroso, lastreado no imóvel homônimo, no centro do Rio de Janeiro.
O objetivo da CEF é alcançar os pequenos e médios investidores. Por isso cada cota do fundo, que terá valor patrimonial de R$ 104 milhões e administração do Banco Ourinvest, terá valor de face de R$ 1.000 (a aplicação máxima é limitada a R$ 1 milhão).
Embora seja um fundo de renda variável, o risco do negócio é reduzido pela garantia da CEF de ficar no imóvel por pelo menos cinco anos (pode chegar a 20 anos).
As cotas já estão à venda nas agências da CEF. Segundo o vice-presidente do banco, Edson Oliveira Júnior, considerado apenas o aluguel, a rentabilidade bruta estimada do fundo (descontadas as despesas, menos Imposto de Renda) é de 11% a 12% ao ano, e a líquida, de 8% a 9% ao ano.
Mas o fundo é o primeiro do gênero cujas cotas poderão ser transacionadas no mercado secundário (após a oferta inicial). As transações de compra e venda serão feitas na Soma (Sociedade Operadora do Mercado de Ativos).
Para o investidor vender suas cotas, precisa solicitar a operação ao seu corretor, que providenciará a oferta na Soma. Historicamente, isso pode demorar mais do que o cotista imaginava, já que não há garantia de recompra dos papéis pelo banco.
Por isso, segundo Oliveira Júnior, a CEF deve auxiliar os cotistas nas transações, fazendo o papel de "market maker" (intermediador de compra e venda) na Soma. "Queremos ajudar na cotação do papel e em sua pulverização", justifica o presidente da CEF, Valdery de Albuquerque.
A formação de preço, no entanto, será ditada pelo mercado, o que torna difícil prever o índice de valorização dos papéis. (NB)


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