São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 2007

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Vila Mariana no topo

Distrito é campeão de lançamentos no biênio 2005/2006, seguido de Itaim Bibi e Vila Andrade

Renato Stockler/Folha Imagem
A publicitária Ivana Zanna, que se mudou para o distrito, diz ter sido recebida de braços abertos pelos vizinhos

DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Localizado nas imediações da avenida Paulista e do parque Ibirapuera. Os folhetos de lançamentos imobiliários na Vila Mariana explicitam quais os principais atrativos que fazem do distrito o campeão de lançamentos dos últimos dois anos -são 39 novos prédios, 18 deles lançados em 2006.
A concentração de escolas, faculdades, centros culturais, hospitais e serviços são outras vantagens citadas por moradores e corretores. "Além disso, a Vila Mariana tem cara de bairro, é arborizada e tem casario antigo, a um bom preço de metro quadrado", afirma Celso Amaral, 47, diretor da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações e da Geoimovel, empresas de pesquisas imobiliárias que fizeram o levantamento com exclusividade para a Folha.
Desde 2004, o metro quadrado na Vila Mariana valorizou 22,5% e hoje está cotado entre R$ 3.600 e R$ 3.800 -a área mais nobre localiza-se dentro do perímetro delimitado pelas avenidas 23 de Maio, Domingos de Morais e Dr. Ricardo Jafet e pela rua Sena Madureira.
É mais barato que em Moema (R$ 4.500) e mais caro que na Saúde (R$ 3.000), distritos que também integram o "top five" de lançamentos, ao lado de Itaim Bibi e Vila Andrade.
"Quem não consegue comprar apartamento em Moema migra para a Vila Mariana. Já quem não consegue comprar na Vila Mariana vai para a Saúde", afirma Amaral.

Menos unidades
Embora lidere no número de empreendimentos lançados, a Vila Mariana (1.927 unidades) é superada por três outros distritos quando são contabilizadas as unidades: Itaim Bibi (2.203) e Lapa (2.072), na zona oeste, e Mooca (1.929), na zona leste.
"São distritos com terrenos fabris enormes, ideais para condomínios com área de lazer grande e muitas torres. No Itaim Bibi, o padrão é altíssimo, enquanto nos outros dois é médio e alto", descreve o diretor de marketing da imobiliária Itaplan, Fábio Rossi Filho, 41.
Já na Vila Mariana, os prédios costumam ter apenas uma torre, três ou quatro quartos e área de lazer reduzida. "Os atrativos estão no entorno. É geograficamente bem empostada, quase no centro, com três estações de metrô e saída para importantes avenidas e rodovias, como a Imigrantes", explica Marcelo Bonanata, 36, gerente comercial da Helbor Empreendimentos Imobiliários.
A empresa, que concluiu um prédio no bairro em novembro passado, tem outros quatro em construção e planeja um lançamento para este semestre.


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