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OPERAÇÃO URBANA BRECA CASAS
Venda antecipada de títulos é entrave
Segundo urbanistas, oito operações apresentam problemas ambientais, como ocupar várzea de córrego
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Problemas ambientais e a
venda de Cepacs são apontados
como entraves às operações urbanas. "Com os Cepacs, as operações esfriaram. Os investidores têm de pagar pelos títulos
antecipadamente", diz a arquiteta Lucila Lacreta, conselheira
municipal de política urbana e
diretora do Defenda São Paulo.
Na Água Espraiada, metade
dos Cepacs da primeira fase foi
vendida, e os empreendimentos aumentam no Campo Belo.
Numa quadra da rua Barão
de Jaceguai, moradores venderam suas casas porque a construtora Company ergue prédios no quarteirão em frente.
Outra construtora vai erguer
mais duas torres.
"Não quero ficar encurralado. Nasci aqui, mas não adianta
ficar sem qualidade de vida",
conta o corretor de imóveis Rogério Amaral, 46. "Não quis
atrapalhar os vizinhos", diz seu
irmão, o advogado Ronaldo
Amaral, 43, que mora ao lado.
Para Gilberto Benevides, diretor comercial da Company,
essa região é a que está gerando
mais interesse. "A Faria Lima
está muito cara", diz.
Quanto às outras, diz que as
companhias esperam a revisão
do Plano Diretor para saber como ficarão as propostas.
De acordo com Lacreta, oito
das 13 operações urbanas têm
problemas ambientais (veja
quadro). A Butantã-Vila Sônia,
por exemplo, fica na várzea do
córrego Pirajussara -e na rota
da linha 4 (amarela) do metrô.
"Há rachaduras em várias casas", afirma Marcia Vairoletti,
presidente da Associação de
Segurança e Cidadania do Butantã, Morumbi e Vila Sônia.
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