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[+]entrevista
Operações urbanas vão se regulamentar
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O chefe da Assessoria Técnica de Operações Urbanas
da Sempla, José Geraldo de
Oliveira, responde a críticas
sobre as operações urbanas.
Leia trechos da entrevista.
FOLHA - Para urbanistas, a revisão do Plano Diretor não vai ter
efeito nas operações urbanas.
OLIVEIRA - A revisão não atinge as operações. Elas vão se
auto-regulamentar com as
leis que as criarem. Entre os
estudos que vão resultar numa operação, está o de impacto ambiental. É um pouco
precipitado dizer que há problemas ambientais. Eles serão analisados para que se
adotem soluções adequadas,
que serão previstas nas leis.
FOLHA - Urbanistas criticam traçado da operação na várzea do rio
Jacu-Pêssego. A lei traz solução?
OLIVEIRA - Na época de sua
aprovação, não foi feito estudo de impacto ambiental.
Como ela está sendo gerida
pela Emurb, sei que estavam
providenciando um estudo,
ainda que a lei tenha sido
aprovada antes da exigência.
FOLHA - Quando o estudo estiver pronto, será incluído na lei?
OLIVEIRA - Talvez implique
uma revisão da lei.
FOLHA - Os Cepacs "esfriaram"
as operações urbanas?
OLIVEIRA - Cepacs são o principal meio de fazer uma operação andar. Antes, um investidor comprava potencial
construtivo em troca de
obras que beneficiavam o
próprio empreendimento. A
vantagem do Cepac é antecipar recursos antes de o investidor construir.
FOLHA - Falta dinheiro para remover a favela e concluir a ponte
na av. Jornalista Roberto Marinho. Como resolver esse entrave?
OLIVEIRA - Não é o Cepac que
está travando, falta interesse
dos investidores. Os Cepacs
vendidos não foram suficientes para fazer as obras. A operação é administrada pela
Emurb, e imagino que tenham achado que fazer o viaduto incentivaria mais o interesse pela operação do que
remover a favela. Acho que a
prefeitura possa antecipar
recursos para removê-la.
FOLHA - Qual é o cronograma
das operações?
OLIVEIRA - O prazo é de 20
anos após a aprovação das
leis. Das operações previstas
no Plano Diretor, a que vai
primeiro se tornar lei é a Vila
Sônia. Já concluímos o estudo de impacto ambiental e
estamos na fase de ajustar o
projeto. No início do segundo semestre deverá estar
aprovada. Nas outras, ainda
vamos contratar o estudo.
FOLHA - O estudo da Vila Sônia
cita os problemas causados pelas
obras do metrô?
OLIVEIRA - Só analisa o efeito
que ele provoca na atração de
investimentos. O Metrô fez
um estudo próprio.
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