São Paulo, domingo, 25 de março de 2007

Texto Anterior | Índice

[+]entrevista
Operações urbanas vão se regulamentar

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O chefe da Assessoria Técnica de Operações Urbanas da Sempla, José Geraldo de Oliveira, responde a críticas sobre as operações urbanas. Leia trechos da entrevista.

 

FOLHA - Para urbanistas, a revisão do Plano Diretor não vai ter efeito nas operações urbanas.
OLIVEIRA
- A revisão não atinge as operações. Elas vão se auto-regulamentar com as leis que as criarem. Entre os estudos que vão resultar numa operação, está o de impacto ambiental. É um pouco precipitado dizer que há problemas ambientais. Eles serão analisados para que se adotem soluções adequadas, que serão previstas nas leis.

FOLHA - Urbanistas criticam traçado da operação na várzea do rio Jacu-Pêssego. A lei traz solução?
OLIVEIRA
- Na época de sua aprovação, não foi feito estudo de impacto ambiental. Como ela está sendo gerida pela Emurb, sei que estavam providenciando um estudo, ainda que a lei tenha sido aprovada antes da exigência.

FOLHA - Quando o estudo estiver pronto, será incluído na lei?
OLIVEIRA
- Talvez implique uma revisão da lei.

FOLHA - Os Cepacs "esfriaram" as operações urbanas?
OLIVEIRA
- Cepacs são o principal meio de fazer uma operação andar. Antes, um investidor comprava potencial construtivo em troca de obras que beneficiavam o próprio empreendimento. A vantagem do Cepac é antecipar recursos antes de o investidor construir.

FOLHA - Falta dinheiro para remover a favela e concluir a ponte na av. Jornalista Roberto Marinho. Como resolver esse entrave?
OLIVEIRA
- Não é o Cepac que está travando, falta interesse dos investidores. Os Cepacs vendidos não foram suficientes para fazer as obras. A operação é administrada pela Emurb, e imagino que tenham achado que fazer o viaduto incentivaria mais o interesse pela operação do que remover a favela. Acho que a prefeitura possa antecipar recursos para removê-la.

FOLHA - Qual é o cronograma das operações?
OLIVEIRA
- O prazo é de 20 anos após a aprovação das leis. Das operações previstas no Plano Diretor, a que vai primeiro se tornar lei é a Vila Sônia. Já concluímos o estudo de impacto ambiental e estamos na fase de ajustar o projeto. No início do segundo semestre deverá estar aprovada. Nas outras, ainda vamos contratar o estudo.

FOLHA - O estudo da Vila Sônia cita os problemas causados pelas obras do metrô?
OLIVEIRA
- Só analisa o efeito que ele provoca na atração de investimentos. O Metrô fez um estudo próprio.


Texto Anterior: Venda antecipada de títulos é entrave
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.