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ZONA NORTE
Moradores elogiam transporte público e criticam trânsito
Infraestrutura de Santana destaca presença de escolas particulares, padarias, restaurantes e bares
DA REPORTAGEM LOCAL
"Por que eu sairia daqui?
Tem de tudo em Santana." A
resposta do aposentado Paulo
Almeida Silva, 75, mostra o caráter bairrista dos moradores
do distrito -tanto dos que ali
nasceram como de quem o escolheu para viver.
"As pessoas se mudam dentro da região", confirma Fábio
Rossi Filho, diretor da Itaplan.
As maiores qualidades apontadas por esses habitantes são a
vasta rede de comércio e de serviços e o transporte público.
Segundo o Datafolha, o distrito é o campeão da cidade em
número de escolas particulares
-são 69. Fica em sexto na
quantidade de supermercados
e hipermercados (seis) e em 11º
em número de bares (11).
No quesito transporte público, há quatro estações de metrô, além de diversas linhas de
ônibus que cruzam as avenidas.
"Na porta da minha casa passam 17 linhas", frisa Silva, morador da avenida Alfredo Pujol.
O distrito fica à beira da marginal Tietê, com grandes avenidas que levam ao centro. O morador demora em média 28,5
minutos para chegar ao trabalho, em contraste com os 37,4
minutos da média do município, segundo a pesquisa DNA
Paulistano, do Datafolha.
"São muitas as ligações com o
centro, além de estar próximo a
saídas para a Dutra, a Anhanguera e a Bandeirantes", completa Rossi Filho.
A pesquisa mostra ainda que
67% dos moradores estão em
casas térreas, como Arnaldo
Bocchi, 62. Nascido na zona
norte, o administrador lembra
que a região sempre foi muito
residencial, mas que, com o
crescimento do comércio, surgiram os primeiros prédios.
As avenidas Braz Leme e Luís
Dummont Vilares se tornaram
corredores de atração noturna,
com restaurantes e bares. "Os
barzinhos da Dummont Vilares
chamam gente de outras regiões para cá", se vangloria o
engenheiro Danilo Bocchi, 29.
Problemas
A maior crítica dos moradores de Santana diz respeito ao
trânsito. Os congestionamentos são comuns nas avenidas
Braz Leme, Cruzeiro do Sul e
Voluntários da Pátria, principais vias de acesso aos distritos
de Santana, da Casa Verde e do
Tucuruvi. Apesar das avenidas
largas, faltam outras ruas que
ajudem a escoar o tráfego.
Na avenida Engenheiro Caetano Álvares, limítrofe entre
Casa Verde e Santana, acidentes de trânsito incomodam.
"Sempre vejo ocorrências com
motos e carros por aqui", denuncia o engenheiro Bocchi.
Na região da estação de metrô Santana, a reclamação é outra: a falta de espaço nas calçadas. "Atualmente o barulho é
muito intenso, e é difícil usar as
calçadas por causa dos ambulantes", conta a aposentada Luci Dinalli Lima, 69, que mora
em Santana há 30 anos.
Para o superintendente da
Associação Comercial de São
Paulo distrital zona norte, David Fernandes, esse é realmente um problema, pois as características do distrito levam as
pessoas às ruas. "Estamos revitalizando as calçadas para melhorar as condições, mas essa é
uma questão que cabe à prefeitura", diz Fernandes.
(CC)
Assista a vídeo sobre
lançamentos no distrito
www.folha.com.br/0929419
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