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COMPRA PARA LOCAÇÃO
Imóvel é investimento de longo prazo
Compra de bens é indicada para quem possui perfil conservador e não tem urgência para receber rendimentos
Aquecimento do mercado reduz número de imóveis vagos, mas isso não é sinal de valorização geral
ADRIANA ABREU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O reaquecimento do mercado imobiliário paulistano
chama a atenção para a possibilidade de comprar imóveis residenciais para alugar.
Especialistas ouvidos pela
Folha consideram esse tipo
de investimento ideal para
quem tem perfil conservador. Isso porque sua rentabilidade é baixa em comparação com outros fundos -enquanto o aluguel residencial
rende, em média, 0,6% do
valor do imóvel, a renda fixa
atinge 0,8% do capital.
"Comprar para alugar é indicado para quem busca segurança e valorização do patrimônio", afirma Reinaldo
Monteiro, professor de finanças do Insper (ex-Ibmec).
Ele destaca que esse não é
um negócio indicado para
quem pode precisar usar o
dinheiro que será investido
na compra.
"O investidor deve estar
interessado em complementar a renda", acrescenta.
Bolívar Godinho, professor de finanças da FIA (Fundação Instituto de Administração), ressalta que comprar para alugar só é interessante porque o mercado está
aquecido, o que diminui o
risco de ficar com o imóvel
vazio por muito tempo.
PATRIMÔNIO
A compra na planta aumenta a chance de lucrar
após a construção.
O bem se valoriza de 20% a
30% desde o início das obras
até a entrega das chaves. Mas
o comprador deve ponderar
que, durante cerca de 24 meses, manterá o dinheiro imobilizado na construção.
Uma alternativa é investir
em um imóvel usado -quando se consegue um valor
abaixo do de mercado. É um
investimento difícil de ser feito por leigos, por isso exige
consultoria profissional.
"Conhecer as características da região de interesse é
um dos fatores que evita riscos", aconselha Godinho.
Para quem já tem o dinheiro em mãos, a compra é mais
vantajosa, pois permite barganhar por melhores preços.
Mas, se o investidor tiver necessidade de financiamento,
o negócio se complica.
Para Roseli Hernandes, diretora comercial da imobiliária Lello, o primeiro passo é
calcular o gasto total. "É preciso comparar o aluguel [a
ser recebido] com as despesas embutidas no financiamento: valor da parcela, juros, despesas com reforma e
outras tarifas", diz.
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