São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

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COMPRA PARA LOCAÇÃO

Imóvel é investimento de longo prazo

Compra de bens é indicada para quem possui perfil conservador e não tem urgência para receber rendimentos

Aquecimento do mercado reduz número de imóveis vagos, mas isso não é sinal de valorização geral

ADRIANA ABREU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O reaquecimento do mercado imobiliário paulistano chama a atenção para a possibilidade de comprar imóveis residenciais para alugar.
Especialistas ouvidos pela Folha consideram esse tipo de investimento ideal para quem tem perfil conservador. Isso porque sua rentabilidade é baixa em comparação com outros fundos -enquanto o aluguel residencial rende, em média, 0,6% do valor do imóvel, a renda fixa atinge 0,8% do capital.
"Comprar para alugar é indicado para quem busca segurança e valorização do patrimônio", afirma Reinaldo Monteiro, professor de finanças do Insper (ex-Ibmec).
Ele destaca que esse não é um negócio indicado para quem pode precisar usar o dinheiro que será investido na compra.
"O investidor deve estar interessado em complementar a renda", acrescenta.
Bolívar Godinho, professor de finanças da FIA (Fundação Instituto de Administração), ressalta que comprar para alugar só é interessante porque o mercado está aquecido, o que diminui o risco de ficar com o imóvel vazio por muito tempo.

PATRIMÔNIO
A compra na planta aumenta a chance de lucrar após a construção.
O bem se valoriza de 20% a 30% desde o início das obras até a entrega das chaves. Mas o comprador deve ponderar que, durante cerca de 24 meses, manterá o dinheiro imobilizado na construção.
Uma alternativa é investir em um imóvel usado -quando se consegue um valor abaixo do de mercado. É um investimento difícil de ser feito por leigos, por isso exige consultoria profissional.
"Conhecer as características da região de interesse é um dos fatores que evita riscos", aconselha Godinho.
Para quem já tem o dinheiro em mãos, a compra é mais vantajosa, pois permite barganhar por melhores preços. Mas, se o investidor tiver necessidade de financiamento, o negócio se complica.
Para Roseli Hernandes, diretora comercial da imobiliária Lello, o primeiro passo é calcular o gasto total. "É preciso comparar o aluguel [a ser recebido] com as despesas embutidas no financiamento: valor da parcela, juros, despesas com reforma e outras tarifas", diz.


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