São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2008

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Pagamentos em dezembro

Condomínios devem prever como saldar o 13º salário dos funcionários e outros gastos de final de ano

Alexia Santi/Folha Imagem
O síndico Wagner Andrade parcela as despesas em três vezes

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Além de gastos como os da matrícula da escola, da viagem de férias e dos presentes de Natal, quem mora em condomínio tem outras despesas de final de ano, como o 13º salário dos funcionários do prédio e a decoração de áreas comuns.
Assim, para que as luzes natalinas não sinalizem vermelho no orçamento, é importante que o condomínio se organize.
"As despesas de final de ano devem constar no orçamento anual", ensina Maristela Borges, gerente de condomínios da administradora Adbens. A previsão orçamentária em geral é feita no começo do ano.
Condomínios que não se precaveram com um parcelamento de 12 meses ainda têm como dividir esses gastos entre os meses de novembro e dezembro, mas essa divisão precisa ser votada em assembléia.
"Há quem prefira fazer suas próprias aplicações ao longo do ano", pondera Borges.
No prédio do síndico e administrador de empresas Wagner Andrade, 50, a opção foi dividir os pagamentos em três meses.
"Como o dinheiro ficaria parado na conta do prédio, é melhor que fique com os condôminos", explica. Cada um dos 22 apartamentos desembolsa cerca de R$ 230 mensais, de outubro a dezembro, para gastos com oito funcionários.
Já o síndico José Carlos Marucio, 66, prefere planejar e se cotizar ao longo do ano.
"O dinheiro rende em uma conta separada", justifica. Ele contabiliza R$ 55 por mês de cada apartamento. "Prefiro não fazer muitos rateios, dão idéia de pouco critério", opina.
Há outras formas de fazer caixa para o final de ano, como usar o dinheiro de um fundo de obras ou de manutenção.
"É necessário aprovar em assembléia", lembra Rosely Schwartz, professora do curso de administração de condomínios da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). "Também é importante votar como serão repostos esses fundos."
Um ponto negativo é que inquilinos não contribuem com esse tipo de fundo, mas arcam com despesas de funcionários. "Isso pode gerar conflitos entre inquilinos e proprietários", diz.
Márcio Rachkorsky, advogado da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-SP, sugere "fazer um plantão de cobrança de inadimplentes para tentar levantar fundos".


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