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VISITA PARA O ANO NOVO
Paulista tem usados para venda e aluguel
Como muitos apartamentos possuem idade avançada, é preciso checar conservação de instalações prediais
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem pensa em morar em
apartamento na avenida Paulista encontra ofertas de unidades que têm de um a seis dormitórios para compra ou aluguel,
apesar de predominarem no
"espigão" edifícios de escritórios -73, contra 15 residenciais
e três de uso misto, segundo a
Associação Paulista Viva.
Essas unidades para moradia, porém, são usadas, algumas
com 50 anos de idade e sem vagas de garagem ou área de lazer.
"Os preços estão bons, é preciso apenas observar atentamente o estado de conservação
dos imóveis", avalia Feliciano
Giachetta, sócio da FGi Negócios Imobiliários.
Os valores são, em média,
25% menores que os dos Jardins (zona oeste), calcula Fabio
Rossi, 43, diretor de lançamentos do Secovi-SP (sindicato do
setor imobiliário). O metro
quadrado custa cerca de
R$ 4.000, estima.
Giachetta diz que o atrativo
de viver ali é a infraestrutura de
comércio e de serviços -há
bancos, supermercados e farmácias, além de boas opções de
entretenimento e gastronomia.
Uilton Rodrigues dos Santos,
54, gestor do Saint Honorè, revela que há no edifício duas
unidades em bom estado, de
três dormitórios e 170 m2, à
venda por R$ 600 mil cada
uma. "Existem outros imóveis
aqui na região que possuem a
mesma medida, custam quase
o dobro e não estão localizados
na avenida Paulista", compara.
Números
Segundo dados da CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego), pela Paulista circulam cerca de 1,5 milhão de pessoas por dia, das quais apenas
5.000 são moradores.
Na sua extensão a via incorpora os bairros do Paraíso, da
Bela Vista, de Cerqueira César
e da Consolação.
Possui 75 telefones públicos,
49 agências bancárias, 30 bancas de jornal, 3.029 empresas,
37 estacionamentos e oito heliportos. O corredor ainda dispõe
de dez farmácias, 18 livrarias e
papelarias, oito restaurantes,
16 lanchonetes, seis museus, 13
galerias comerciais e cinco teatros, de acordo com a Associação Paulista Viva.
O economista Mauro Caetano conta que foi "sofrido" comprar um apartamento no edifício Paulicéia, há mais de 20
anos. Poucas pessoas da classe
média, comenta, conseguiam
morar na avenida. "Aqui era a
residência de muitos artistas,
empresários e industriais bem
sucedidos", lembra.
Ele credita à falta de equipamentos de convívio nas áreas
comuns o fato de não conhecer
a maioria de seus vizinhos.
"Mas dá para notar que há
muitos idosos e jovens que vêm
do interior e de outros Estados
para estudar e trabalhar. As famílias com filhos pequenos se
mudam para edifícios com piscina, salão de festas e playground", comenta.
(RM)
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