São Paulo, domingo, 27 de dezembro de 2009

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VISITA PARA O ANO NOVO

Paulista tem usados para venda e aluguel

Como muitos apartamentos possuem idade avançada, é preciso checar conservação de instalações prediais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem pensa em morar em apartamento na avenida Paulista encontra ofertas de unidades que têm de um a seis dormitórios para compra ou aluguel, apesar de predominarem no "espigão" edifícios de escritórios -73, contra 15 residenciais e três de uso misto, segundo a Associação Paulista Viva.
Essas unidades para moradia, porém, são usadas, algumas com 50 anos de idade e sem vagas de garagem ou área de lazer.
"Os preços estão bons, é preciso apenas observar atentamente o estado de conservação dos imóveis", avalia Feliciano Giachetta, sócio da FGi Negócios Imobiliários.
Os valores são, em média, 25% menores que os dos Jardins (zona oeste), calcula Fabio Rossi, 43, diretor de lançamentos do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário). O metro quadrado custa cerca de R$ 4.000, estima.
Giachetta diz que o atrativo de viver ali é a infraestrutura de comércio e de serviços -há bancos, supermercados e farmácias, além de boas opções de entretenimento e gastronomia.
Uilton Rodrigues dos Santos, 54, gestor do Saint Honorè, revela que há no edifício duas unidades em bom estado, de três dormitórios e 170 m2, à venda por R$ 600 mil cada uma. "Existem outros imóveis aqui na região que possuem a mesma medida, custam quase o dobro e não estão localizados na avenida Paulista", compara.

Números
Segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), pela Paulista circulam cerca de 1,5 milhão de pessoas por dia, das quais apenas 5.000 são moradores.
Na sua extensão a via incorpora os bairros do Paraíso, da Bela Vista, de Cerqueira César e da Consolação.
Possui 75 telefones públicos, 49 agências bancárias, 30 bancas de jornal, 3.029 empresas, 37 estacionamentos e oito heliportos. O corredor ainda dispõe de dez farmácias, 18 livrarias e papelarias, oito restaurantes, 16 lanchonetes, seis museus, 13 galerias comerciais e cinco teatros, de acordo com a Associação Paulista Viva.
O economista Mauro Caetano conta que foi "sofrido" comprar um apartamento no edifício Paulicéia, há mais de 20 anos. Poucas pessoas da classe média, comenta, conseguiam morar na avenida. "Aqui era a residência de muitos artistas, empresários e industriais bem sucedidos", lembra.
Ele credita à falta de equipamentos de convívio nas áreas comuns o fato de não conhecer a maioria de seus vizinhos.
"Mas dá para notar que há muitos idosos e jovens que vêm do interior e de outros Estados para estudar e trabalhar. As famílias com filhos pequenos se mudam para edifícios com piscina, salão de festas e playground", comenta. (RM)


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