São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2010

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Imóvel médio no Itaim Bibi vale dez de Itaquera

Distritos têm um ponto em comum: densidade demográfica acima da média

Compradores do Itaim Bibi querem arquitetura sofisticada enquanto, em Itaquera, o público sonha com três-quartos

DE SÃO PAULO

Líderes em número de projetos residenciais aprovados pela prefeitura, Itaim Bibi e Itaquera não poderiam ser mais diferentes.
Tamanho de apartamentos, valor do metro quadrado, perfil do comprador e infraestrutura da região mostram o contraste de condições entre o alto luxo e a classe econômica da cidade de São Paulo.
Se há uma identidade entre as duas áreas, é a densidade demográfica acima da média paulistana. No bairro do Itaim Bibi, são 9.894 habitantes por quilômetro quadrado. Em Itaquera, 10.687 hab/km2. A média da cidade é de 7.183 moradores por quilômetro quadrado.
Mas o número de projetos mostra a tendência de adensamento e explicita a grande demanda por essas regiões.
Na zona oeste, o Itaim Bibi é um bairro tradicional. "Tem infraestrutura, a pessoa pode andar no bairro e ter tudo à mão", diz José Roberto Federighi, diretor da imobiliária DelForte Frema.

VERSO E REVERSO
Com prédios antigos nos entornos das avenidas Nove de Julho e São Gabriel, o bairro de características residenciais ganhou nova atenção com a definição da avenida Brigadeiro Faria Lima como centro financeiro da capital.
A inauguração do parque do Povo em 2007, próximo à marginal Pinheiros, valorizou ainda mais essa região. "As ruas Salvador Cardoso e Horácio Lafer são muito procuradas", diz Fernando Sita, diretor de usados da Coelho da Fonseca.
Os apartamentos novos no bairro têm metragens menores. Em vez das unidades de 250 m2 a 500 m2, hoje são um ou dois-dormitórios de até 200 m2, mas ainda muito valorizados. O imóvel médio aqui custa R$ 1,3 milhão -em Itaquera, o preço médio da unidade é de R$ 120 mil.
Os principais problemas dessa região são a poluição sonora e o trânsito, de acordo com a pesquisa DNA Paulistano feita pelo Datafolha.
Em Itaquera, o que há são unidades-tipo de 51 m2, com coberturas que alcançam os 75 m2.
"O perfil é econômico, e a maior parte é de dois-dormitórios para família em começo de vida que sonha em comprar um três-quartos", explica Maurílio Scacchetti, da consultoria Habitcasa.
A região ainda tem muitos terrenos para serem incorporados e uma estação de metrô, como atrativo.
Os condomínios possuem várias torres, mas nem por isso há muito lazer. Vaga na garagem, porém, é essencial: uma por apartamento.
A constante reclamação nesse canto da cidade, de acordo com a pesquisa DNA Paulistano, são as ruas e calçadas esburacadas e a falta de segurança. (CC)


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