São Paulo, domingo, 29 de outubro de 2006

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Condomínio

Administradora substitui "super-homem" na gestão

Trabalho da empresa representa de 5% a 7% da mensalidade, mas está em 90% dos prédios

Ana Carolina Negri/Folha Imagem
Francisco Netto, síndico, economizou R$ 1.520 no elevador


DA REPORTAGEM LOCAL

Há quem diga que a administração de um condomínio é coisa de "super-homem". Para o síndico Francisco da Silva Pinto Netto, 40, contudo, nem foi preciso tanto poder assim: quando morava em um residencial com 26 unidades, ele fazia praticamente tudo.
"Optamos em não ter administradora porque os recursos eram escassos e o edifício era simples, sem muito lazer. Só havia contador", relata.
Hoje Netto vive em um condomínio maior, com administradora. "Mas há prós e contras", diz. "Precisávamos pintar os corrimãos dos elevadores, e a empresa indicada pela administradora cobrava R$ 1.600. Pesquisei outros prestadores do serviço e fechei em R$ 80."
George Masset, presidente da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis), diz acreditar ser possível gerenciar um condomínio sem administradora, mas alerta que é muito comum aparecerem dívidas "do dia para a noite".
"As obrigações fiscais não são poucas, e o síndico nem sempre sabe tudo o que deve ser pago."

Minoria solteira
Segundo a supervisora de marketing da Lello Condomínios, Angélica Arbex, 30, há síndicos "solteiros" bem-sucedidos, mas, hoje, 90% dos edifícios de São Paulo têm administradora -em 2000, eram 80%.
Hubert Gebara, 69, vice-presidente do Secovi-SP, defende que o condomínio "não funciona bem" sem administradora, "principalmente se houver muitas unidades".
Para contratá-la, recomenda-se consultar prédios que já tiveram experiência com ela e vasculhar seu contrato social. O Secovi-SP lança, em novembro, um manual que orienta essa contratação. (GIOVANNY GEROLLA)

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