São Paulo, domingo, 30 de maio de 2004

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Índice altera ritmo de alta das prestações

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Comparando diferentes contratos de financiamento imobiliário, nota-se um verdadeiro "mix" de índices financeiros que são aplicados para corrigir as prestações.
Para evitar surpresas ruins, como prestações que sobem em ritmo inesperado, é bom ficar de olho no comportamento histórico de cada uma das principais taxas utilizadas pelo mercado.
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado, medido pela Fundação Getulio Vargas) é elaborado para contratos do mercado financeiro. Segue a inflação para o comprador, por isso é fortemente influenciado pela política econômica de combate à inflação do governo federal. Em 2003 o índice esteve em bom nível, a 8,7%. Em 2002, contudo, atingiu a elevada casa dos 25,3%.
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) e o CUB (Custo Unitário Básico) refletem o ritmo de alta dos preços de materiais de construção e de mão-de-obra no setor. São os que mais aparecem nos financiamentos diretamente com as incorporadoras, que têm gastos proporcionais a esses indicadores. Em 2002 o INCC esteve em 12,9%. Em 2003, atingiu 14,4%. O CUB também subiu um pouco nos últimos dois anos. Passou de 12,1% em 2002 para 13,8% em 2003.
Vale lembrar que a maioria das incorporadoras que financiam imóveis na planta aplicam INCC ou CUB no pré-chaves e IGP-M mais juros no pós-chaves.
Já o IPC-FIPE (Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP) reflete o custo de vida das famílias em São Paulo.
É o mais usado para corrigir salários. Em outras palavras, quando é muito menor do que os índices usados na correção das prestações de financiamento, podem-se prever problemas (renda crescendo mais lentamente do que despesas). Em 2002, o IPC esteve em 9,9%. Em 2003, caiu para 8,2%.


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