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No embalo da mudança
Grande transportadora cobra mais caro que carreto, mas tem plano de seguro para pertences
MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em tempo de mudança, nem
sempre é possível deixar tudo
para trás -especialmente em
se tratando de mobília e pertences. Para levá-los para a casa
nova, a opção mais segura -e
cara- é contratar uma grande
empresa especializada.
Para um apartamento de três
quartos, por exemplo, o orçamento desse tipo de transportadora gira em torno de R$ 700
-isso se a mudança não pede
deslocamento para outra cidade nem içamento de peças.
Nas mesmas condições, a
Folha obteve um orçamento
de R$ 380 por frete ou carreto.
Mesmo com uma empresa
maior, acompanhar de perto as
fases do processo, sobretudo a
de embalagem, é fundamental.
"Para evitar acidentes, é importante que a família esteja
presente na hora de embalar
seus pertences. Mesmo que a
empresa seja superespecializada, ninguém vai ter tanto cuidado com suas coisas quanto
você", afirma o arquiteto Alexandre Machado.
A enfermeira Beatriz Diomede, 40, com três mudanças no
currículo, concorda com Machado. Em uma dessas vezes,
deixou um parente para acompanhar o empacotamento das
suas coisas, feito por uma empresa especializada. A viagem
era de São Paulo para Brasília.
"Foi um fracasso essa mudança. Além de entregarem
com um dia de atraso, avariaram muitas coisas e nunca me
pagaram nada", desabafa.
Para não repetir a experiência ruim, o transporte da última mudança foi acompanhado
de perto pela enfermeira.
"A distância era muito mais
curta, e a única coisa que quebrou foi uma lâmpada", aponta.
Diomede optou, dessa vez, por
um carreto em vez de uma empresa especializada.
Verificação
Para a consultora técnica do
Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor)
Márcia Christina Oliveira, para
se precaver é importante, em
primeiro lugar, procurar uma
firma que faça seguro dos bens
que está transportando. "Só assim a pessoa pode, depois, reaver o que foi danificado", alerta.
Outra dica é buscar saber, no
Procon, se a empresa recebeu
muitas reclamações -e, mais
importante, se ela dá resposta a
clientes insatisfeitos.
"Às vezes a pessoa pode ficar
alarmada com o número de
queixas de uma empresa, mas,
se ela responde aos seus consumidores, mostra que tem preocupação com eles", complementa Oliveira.
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