São Paulo, domingo, 30 de dezembro de 2007

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NO EMBALO DA MUDANÇA

Caixas de papelão e plástico-bolha devem ser providenciados; crianças e animais ficam na casa de amigos

Preparação começa uma semana antes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não é à toa que existe o dito popular que faz referência a estar "mais perdido que cachorro em dia de mudança".
Se a escolha é por uma transportadora reconhecida ou por um frete mais barato, o fator que pode fazer a diferença na hora de evitar atropelos no traslado é a organização prévia.
"É importante começar a se agendar com no mínimo uma semana de antecedência", recomenda o arquiteto Alexandre Machado, que diz se considerar especialista no tema.
Ele sugere que materiais indispensáveis para transportar a mobília, como plástico-bolha e caixas de papelão, estejam disponíveis no começo do dia.
Dono de uma transportadora de porte médio, Evandro Tavares reforça que "para tudo há o jeito correto de embalar." "Por isso eu acompanho o passo-a-passo da mudança", diz.
Outra dica dos especialistas diz respeito às providências relacionadas a crianças e animais de estimação. "É melhor que eles não fiquem em casa nesse dia. É mais fácil deixá-los na casa de algum conhecido, para simplificar", aponta Machado.
Seguindo o raciocínio da logística facilitada no dia da mudança, outro ponto a ser considerado é a alimentação.
Sanduíches prontos ou o telefone de um "delivery" podem ser a saída para quando a fome bater e não houver condições de sentar à mesa.

Composição do preço
O gerente de marketing da Granero Julio Pires conta que o preço da mudança é medido por quantidade de bens a serem levados, acesso para remoção e endereços envolvidos.
"No quadrilátero da avenida Paulista demora mais. Não dá para simplesmente parar o caminhão em qualquer horário."
Na opção por uma empresa de porte médio ou mesmo um carreto, é preciso lembrar que geralmente eles não oferecem seguro para os bens transportados -nas grandes, ele equivale a cerca de 1% do valor de avaliação dos pertences.
A opção inicial do advogado Reis Ferreira da Silva era uma transportadora maior, mas, na escolhida, não havia caminhão livre para o dia pretendido.
Contratou, então, um carreto, que custou R$ 270 menos. "Alguns móveis antigos ficaram danificados no transporte", comenta. Sem seguro, não teve a quem recorrer. "Não valeu a pena, eu preferia meus móveis em ordem", completa.
Há quem opte por fazer todo o transporte por conta própria, como a relações-públicas Mariana Mantovani, 25. "Organizei-me aos poucos, ia deixando as coisas embaladas", conta.
No dia "D", ela pegou uma picape emprestada e, com a ajuda de um primo e de vários cobertores, fez a mudança. "Não quebrei nada. Ruim foi montar e desmontar a mobília."
Depois de toda essa ginástica, uma surpresa: o prédio onde Mantovani mora não permite mudanças aos sábados. "Tive que pedir várias vezes, até a síndica liberar. Não ia ter como fazer em outro dia", afirma.
Pires, da Granero, lembra que esse é o tipo de orientação que uma empresa especializada dá aos clientes. (MD)

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