São Paulo, domingo, 31 de maio de 2009

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Incorporadoras aceitam troca de bem na compra de lançamento, mas baixam seu valor

Eduardo Anizelli/Folha Imagem
TOMA LÁ DÁ CÁ
O apartamento usado do professor Haroldo Bueno, 43 (à esq.), e sua família será moeda de troca: "Tentaremos vendê-lo até as chaves do novo por um preço melhor do que o oferecido"

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se o pior da crise já passou, a necessidade de segurança na hora de comprar um imóvel continua em pauta. Uma alternativa para desembolsar menos na aquisição do bem novo é dar um usado como entrada.
Mas é importante saber o valor de mercado das moedas dessa troca, para não sofrer com a desvalorização do seu imóvel ou a supervalorização do novo. As empresas dizem pagar, em média, de 5% a 10% menos que o valor de mercado do usado que é dado como parte do pagamento -a porcentagem, porém, pode ser maior.
Há incorporadoras que, ao aceitarem esse tipo de permuta, deixam o cliente livre para tentar conseguir uma oferta melhor pelo imóvel usado.
"Ele sabe antecipadamente quanto iremos pagar. Mas, se conseguir vender por um preço maior, o mérito será todo dele, que ficará com a diferença para si e entregará o valor combinado na hora das chaves", explica Eduardo Telles, diretor comercial da incorporadora Agra.
Outra questão é o valor do apartamento novo, sobretudo das unidades ainda não vendidas no momento da entrega das chaves do empreendimento.
Rogério Santos, vice-presidente da Abyara Brokers, afirma que mesmo unidades remanescentes após dois anos do lançamento não devem ter seus preços inflacionados.
"Há aumento pelo INCC [Índice Nacional de Custo da Construção] e variações da Tabela Price, mas quem elevar o valor de um imóvel por receber um usado como parte do pagamento não conseguirá vender."


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